Quem tem medo da liberdade de expressão?

David Irving, historiador inglês, foi condenado a três anos de prisão por um tribunal austríaco acusado de “negação do Holocausto”.

Apesar de se ter declarado culpado, ao mesmo tempo que afirmava ter mudado de opinião, o tribunal não mostrou clemência considerando que o arrependimento de Irving não era autêntico.
O que está aqui em causa, ao contrário do que alguns querem fazer crer, não é a liberdade académica, a qualidade ou o merecimento das teses de Irving. Irving, enquanto historiador, deveria ter a liberdade de dizer e escrever tudo o que quisesse (mesmo que alguns considerem que se trata de uma “falsificação deliberada e muito competente” da história). Aqueles que não acreditam nas teses de Irving têm toda a liberdade para as questionar e refutar e quem quiser estudar o assunto tem (ou deveria ter) liberdade para ler as duas versões e tirar a sua conclusão. Afinal de contas, a democracia funda-se na ideia de que todas as pessoas são competentes para escolher. Não se percebe porque é que neste caso não seriam capazes de distinguir a verdade da mera propaganda…
O que está aqui em causa é, mais uma vez, a liberdade de expressão e a liberdade de expressão ou é ou não é. Não existe meio-termo possível. E mais uma vez se verifica que há quem tenha medo da liberdade de expressão (precisamente aqueles que se dizem seus defensores)…

posted by Nacionalista @ 5:02 da tarde,

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