De entre os argumentos utilizados pelos pró-abortistas, um dos que mais me “diverte” é o de que “o aborto é uma questão moral”. Sim, claro que o aborto é uma questão moral, e daí? O que é que se pretende com essa afirmação? O raciocínio é simples (melhor dizendo, simplista): uma vez que o Estado é “laico” e “neutro”, não pode impor preceitos morais a ninguém – cada um tem a sua própria moralidade, cada um fará o que a sua consciência lhe ditar. Só há um “pequeno” problema neste raciocínio: o Estado não é neutro, não é “amoral”, nem pode ser. Qualquer lei, ao proibir ou impor determinada conduta, adopta uma posição moral, já que considera certos comportamentos como desejáveis ou censuráveis. Quando o Estado decide que os impostos devem ser progressivos, de modo a fazer-se uma redistribuição dos rendimentos, o que é que está aqui em causa senão um julgamento moral, que considera que os mais ricos têm a obrigação de ajudar os mais pobres? Isto não é também uma questão moral? Ainda havemos de ouvir aqueles que fogem aos impostos argumentar que o Estado não lhes pode impor uma “moral redistributiva”…
posted by Nacionalista @ 6:00 da tarde,
2 Comments:
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At 4:14 da tarde,
Mendo Ramires said...
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Mais um belo texto, Caro Vanguardista.
Não se junta ao «Pela Vida»?
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At 8:46 da tarde,
Nacionalista said...
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Não, Mendo. Como se pode avaliar por este blogue, a "produção" é muito irregular e duvido que viesse a acrescentar alguma coisa ao blogue. O que tiver para dizer, vou continuar a dizê-lo por aqui, mas se acharem que algum post vale a pena republicar no "Pela Vida", por mim não há problema nenhum, obviamente.
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