Mr. Death The Rise and Fall of Fred A. Leuchter Jr.

Acabei de ver o documentário “Mr. Death”, sobre Fred Leuchter. Para quem não sabe, Fred Leuchter é o engenheiro que, durante o julgamento de Ernst Zündel, realizou uma série de testes e recolheu várias amostras em Auschwitz, tendo concluído que era impossível que as alegadas “câmaras de gás” tivessem funcionado como tal.

A primeira meia hora do documentário lida com a vida de Leuchter antes do julgamento de Zündel, um pouco da sua infância e início da sua actividade profissional como construtor de equipamentos para execuções. A última hora do documentário debruça-se sobre o julgamento de Zündel, o chamado “Relatório Leuchter” e a perseguição subsequente de que Leuchter foi vítima, alternando o testemunho de Leuchter com o daqueles que contestam as suas conclusões.

Pareceu-me um documentário razoavelmente equilibrado e bem feito. Digo “razoavelmente equilibrado” porque um documentário verdadeiramente imparcial seria pedir demais, e isto é, provavelmente, o melhor que alguma vez será feito.

Dito isto, vamos lá “dissecar” um pouco as “subtilezas” presentes no documentário.

A primeira “testemunha de acusação” é o “historiador” Robert Jan Van Pelt. A primeira “subtileza” é a própria apresentação de Van Pelt. Reparem que Van Pelt é apresentado apenas como historiador, enquanto que David Irving(*) é apresentado como historiador “revisionista”. Se Irving é considerado revisionista por causa da sua posição em relação às alegadas câmaras de gás, porque é que Van Pelt não é apresentado como exterminacionista pelos mesmos motivos? Bem, adiante.

O próprio Van Pelt, ao referir-se a Auschwitz como o “Santo dos Santos”, confirma aquilo de já que suspeitávamos: o “holocausto” não é uma questão de história, mas sim de religião e fé – é dogma de fé e quem o ousar questionar é um herético.

É interessante notar que a argumentação de Van Pelt se baseia na seguinte ideia: Leuchter não tinha preparação para estudar Auschwitz! Mas como fica claro, a preparação a que ele se refere é “histórica” e não “técnica”, afinal de contas, Leuchter não passa de um engenheiro! Leuchter não percebe o drama humano que ali ocorreu, Leuchter não é suficientemente sensível à tragédia do “holocausto”, se fosse, não teria feito o que fez. Traduzindo o novilingua, o que o tipo está realmente a dizer é que Leuchter não estava suficientemente condicionado, não estava suficientemente doutrinado na nova religião laica – o “holocausto”.

Van Pelt continua dizendo que Leuchter não visitou os arquivos, se o tivesse feito teria encontrado tudo o que não encontrou. Curiosamente, com tanta prova ali à mão de semear, com tanta planta e esquema, o “historiador” Van Pelt não foi capaz de nos mostrar o diagrama de uma única câmara de gás, limitando-se a dois ou três telegramas ambíguos. Nem sequer uma ordem de extermínio foi capaz de nos apresentar!

E como que pressentindo esta crítica, o tal “historiador” arranja imediatamente uma solução: os alemães falavam por código! Que conveniente…

Para além destas alegações mais ou menos sérias, o resto da argumentação de Van Pelt não passa de retórica sentimentaloide.

Depois apresentam-nos o tipo do laboratório que realizou os testes. Como se torna óbvio pelo depoimento deste tipo, se Leuchter lá tivesse chegado e dito “Isto são amostras de Auschwitz, determine se há vestígios de gás ou não” ele teria concluído, sem margem para dúvidas, que sim (e até aposto que nem precisava de olhar para as amostras!).

A argumentação deste tipo, tal como a do “historiador” é fracota. Diz ele que, ao fazer os testes, desfez as amostras em pó e, ao fazê-lo, acabou por diluir a presença do gás (que fica agarrado apenas à superfície), tornando-o indetectável. Mas o tipo é estúpido, ou quê?! Então dizem-lhe que querem analisar a presença de gás naquelas amostras e ele esmaga-as, em vez de analisar as superfícies planas? E se ele sabia que não era possível testar eficazmente a presença de gás porque é que só se lembrou disso depois, e não na altura em que lhe encomendaram as análises? Mais uma vez, que conveniente…

Depois aparece um tal Shelley Shapiro, holocaustista profissional, que não hesita um segundo em acusar Leuchter de anti-semitismo. Como qualquer bom holocaustista profissional nem sequer se dá ao trabalho de apresentar uma prova que seja para consubstanciar a sua acusação. Provas?!… Não, isso é coisa de “anti-semitas”, esses é que se dão ao trabalho de fazer medições, recolher amostras, fazer análises. Ao “povo eleito” basta apontar o dedo e berrar e espumar de raiva.

Depois lá pelo meio há alguém que diz qualquer coisa do género: “Então não é que o sacana não cedeu às pressões!!!” (tradução do novilingua). E há mesmo quem diga: “ele teve a oportunidade de abjurar o que disse e pedir desculpa por lá ter ido, mas não o fez”. Isto faz-me lembrar o caso de um outro “revisionista”, um tal de Galileu, mas ao que parece esse abjurou mesmo.

Finalmente temos uma Suzanne Tabasky, apresentada como “Holocaust Educator”, menos sulfúrica que a judia que a precedeu, sempre dá o benefício da dúvida a Leuchter, dizendo que ele, muito provavelmente, acredita naquilo que diz. A oposição de Suzanne Tabasky à “negação do holocausto” é compreensível, afinal de contas, o “holocausto” é o seu ganha-pão!

Mesmo no final, a confirmar o carácter religioso do “holocausto”, há alguém que se refere a Leuchter como tendo feito “um pacto com o diabo”.

Há várias outras idiotias menores pelo meio (como dizer que negar o “holocausto” é “a way to be someone”, como se alguém estivesse disposto a ver a sua vida completamente destruída para ser “someone”), mas que não me dei ao trabalho de anotar.

No geral, um documentário razoavelmente equilibrado e bem feito, que deve ser visto com as devidas precauções e sempre “cum grano salis”. Ah! e já me esquecia: se é assim que os exterminacionistas nos esperam convencer da validade das suas teses, vão ter que fazer muito melhor, que assim não convencem ninguém que tenha um espírito minimamente crítico.

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(*) Não se percebe a inclusão de David Irving no documentário, já que não lhe permitem qualquer comentário histórico, mas apenas pequenas intervenções sobre Fred Leuchter.

posted by Nacionalista @ 5:32 da tarde,

1 Comments:

At 1:18 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Boa análise.
;)

 

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