Ainda o aborto

Os defensores do aborto continuam com a sua ladainha de sempre: “nenhuma mulher faz um aborto porque quer, mas sim porque é confrontada com situações dramáticas”. O que é que está implícito neste argumento? Que o aborto é um recurso extremo que só se justifica em situações extremas – em qualquer outro caso é ilegítimo. É isto que os defensores da liberalização do aborto dizem (pelo menos publicamente). Mas, ao mesmo tempo que dizem isto, os defensores da liberalização dizem também que as ricas têm possibilidade de o fazer (“vão a Badajoz”) e as pobres não, e que não é justo as pobres não terem acesso às mesmas “facilidades” que as ricas. Isto suscita-me duas questões: 1ª. então as ricas fazem abortos porquê? Certamente que não é por causa de “situações dramáticas”… 2ª. Se as pobres só fazem abortos, não porque querem, mas porque são confrontadas com as tais situações dramáticas, porque é que em vez de se combaterem e resolverem as situações dramáticas se liberaliza o aborto que, segundo os próprios defensores da liberalização, ninguém quer fazer? Porque é que em vez de dar às pobres a possibilidade de ter os seus filhos, se prefere mantê-las na mesma situação empurrando-as para o aborto? O que as pobres querem não é fazer abortos, é ter um emprego estável, um salário decente, uma casa, comida na mesa. Mas isso os ricos-mui-preocupadinhos-com-os-pobrezinhos não querem fazer… isso implicava mexer com os seus privilégios de casta. Pois.

posted by Nacionalista @ 3:46 da tarde,

3 Comments:

At 1:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Então e o que é que sugerias? Tirar aos ricos para dar aos pobres? Mas não estarias assim a premiar e incentivar a indigência e a escorraçar os mais enérgicos, resolutos e inteligentes?
Queres saber o que eu penso? É deixá-las abortar à vontade. É preferível a criarem os delinquentes, indigentes e ressabiados com que me cruzo diariamente nos transportes públicos.

 
At 11:56 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Muito bem visto, caro Vanguardista.

Legionário

 
At 3:58 da tarde, Blogger Nacionalista said...

Justiça social.

 

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