A vida como Milícia
terça-feira, fevereiro 28, 2006
posted by Nacionalista @ 9:37 da tarde, ,
Nem EUA, nem Islão. Europa!
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
posted by Nacionalista @ 2:33 da manhã, ,
Sérvia
domingo, fevereiro 26, 2006
Decidi por isso dedicar ao bravo povo sérvio e à sua heróica resistência a primeira música da Rádio Vanguarda (obrigado pela dica Viriato). Trata-se da música Belgrado da autoria dos espanhóis División 250 (não consegui encontrar a letra mas penso que é bastante perceptível) e basta um clique para começar a ouvir.
posted by Nacionalista @ 11:17 da tarde, ,
Estará um atentado no horizonte?
posted by Nacionalista @ 1:04 da manhã, ,
Vira-se o feitiço contra o feiticeiro
posted by Nacionalista @ 12:51 da manhã, ,
Afinal ainda há muitos europeus que querem ter filhos!
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
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Estes resultados, ao mesmo tempo que são animadores, são também preocupantes. São animadores na medida em que revelam claramente que os saudáveis instintos da raça* ainda estão acordados na maior parte dos europeus, apesar das doses industriais de individualismo, hedonismo e materialismo que nos são servidas diariamente. Por outro lado, revelam também que essa propaganda começa a ter os seus resultados, o que, a longo prazo, significa a auto-extinção e submersão dos europeus pelas hordas terceiro mundistas que todos os dias aportam nas nossas costas.
Tendo estes valores em mente torna-se claro que uma verdadeira política natalista, conduzida à escala europeia, tem de ser dupla: por um lado tem de proporcionar aos europeus as condições económicas e financeiras necessárias à manutenção de uma família numerosa, mas tem também de levar a cabo um trabalho de contra-propaganda que reabilite a instituição familiar e a maternidade, já que nem todos os benefícios fiscais do mundo poderão convencer um povo, que apenas pensa no prazer e que só vive para o momento, a ter filhos.
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* «Saudáveis instintos da raça» é uma expressão que eu gosto de usar para me referir aos comportamentos saudáveis que são a norma no seio de um povo.
posted by Nacionalista @ 12:56 da manhã, ,
A representação popular no Estado Nacional-Sindicalista
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
A História é fértil em exemplos, que soluções não são, e que vão desde a completa negação da interferência do individuo no governo, até ao cidadão-eleitor, que numa base teórica de igualdade de direitos, nem sempre de deveres, pretende, também teoricamente, assumir posições, através do voto, de gerência da comunidade nacional.
Esta última experiência, que com o liberalismo ganhou foros de cidadania, procurou através do sufrágio inorgânico conceder, na sua essencialidade, aos membros constitutivos da comunidade, a faculdade de exprimir a sua opinião sobre todos os problemas de convivência nacional através de um pedaço de papel — o voto.
Trata-se, portanto, de conceder ao eleitor, culturalmente indiferenciado, a possibilidade de se pronunciar sobre todas as questões públicas, com um peso de opinião inversamente proporcional ao número de votantes, limitando-se o Estado, depositário e titular do poder colectivo, — o Estado-Guardião, o Estado-Polícia, o Estado-Balança, como lhe queirais chamar —, e em alheamento total de problemas éticos, políticos, económicos e sociais, a pesar os votos das diversas correntes de opinião e a aferir, em função da maioria obtida por uma delas, — seja qual for a sua ideologia ou tendência —, o seu próprio andamento e orientação futura.
Se temos que reconhecer, na tentativa liberal, o primeiro esforço para a obtenção da participação do indivíduo, sem qualquer discriminação, na empresa colectiva que é o Estado, há, também, com certeza, que proceder a uma crítica, pois, a realidade histórica e política do parlamentarismo e o seu processo directo — o sufrágio inorgânico —, falharam redondamente. E o insucesso deve-se ao vasto âmbito dos problemas sobre os quais o indivíduo-eleitor é chamado a pronunciar-se, quase sempre, senão sempre, numa base de total desconhecimento e não menos total falta de preparação, a que se alia, também, a total irresponsabilidade.
Temos, portanto, uma relação directa, um binómio de Estado-Indivíduo, em que o primeiro opera como simples polícia de trânsito para dar passagem ao grupo mais numeroso, só por ser mais numeroso; e o segundo, fundamentalmente bom como dizia Rousseau, é livre de todas as atitudes, incluso a destruição do próprio Estado.
Forma-se, deste modo, uma casta de políticos profissionais que nega no fundo, porquanto se intromete entre o Estado e o Indivíduo, a própria incorporação dos cidadãos no governo da «res publica», isto é, a sua função representativa, que o parlamentarismo liberal parecia ter conseguido graças ao sufrágio inorgânico. Na realidade, os diversos partidos organizados sob os mais vários rótulos ideológicos, necessitando de meios monetários para prosseguir nas suas campanhas e manter a máquina partidária, transformaram-se em puros agrupamentos económicos e o mito democrático do povo pelo povo, desvia-se para as tais castas que se vendem ao grupo capitalista que mais der, em detrimento das ideias e massas populacionais que dizem representar.
Assiste-se, assim, a um extremar de campos, em que as classes mais fortes, porque economicamente mais potentes, ainda que minoritárias, se entrincheiram no abrigo de partidos que, para facilidade de expressão, chamaremos habituais. Estes, ou melhor, os seus dirigentes, procuram, depois, por meio de combinações, acordos, entendimentos, a repartição de presidências e ministérios, isto é, ser governo, para através dele perpetuar os privilégios dos seus mandatários que actuam da sombra (1).
As classes trabalhadoras, por sua vez, que são maioria, e que durante anos e anos foram mantidas, graças a todos os meios propagandísticos, no engano do parlamentarismo liberal, esperando constantemente a satisfação dos seus interesses menosprezados, fatigam-se da espera, e já rebeldes frente ao Estado demo-capitalista, organizam-se em «sociedades de resistência»: — os Sindicatos. Preconizam estes o repúdio total das formas jurídicas do sistema político liberal, com a subsequente supressão do Estado que aprenderam a odiar, e que deve ser substituído por eles próprios, como núcleos da vontade colectiva.
Ameaçado na sua própria existência, o Estado reage e através dos partidos, que como atrás referimos não são mais do que as suas minorias dirigentes, defende-se, considerando ilegais tais associações. Temos, portanto, e uma vez quebrado o encanto do parlamentarismo liberal, o surgir no campo do Estado, das verdadeiras forças que se digladiam, os «trusts» e os sindicatos.
É o Sindicalismo Revolucionário de Sorel, que em breve se espalha por toda a Europa, e que se organiza como uma força reivindicativa de base puramente económica. São as greves e os atentados por parte dos trabalhadores; os «lock-outs» e as ameaças por parte do patrão-capitalista. É uma luta desapiedada e feroz, em que se querem, sobretudo, atingir fins concretos e imediatos: a redução das horas de trabalho, a melhoria das condições de vida, a segurança e a previdência social, o direito de associação profissional para defesa de interesses comuns. Impossibilitado de desconhecer, por mais tempo, a realidade da força sindical, o Estado Liberal, que defende, palmo a palmo, as suas posições, vai satisfazendo, ainda que relutantemente, uma a uma, as reivindicações das massas trabalhadoras e reconhece, finalmente, a legitimidade da associação profissional.
Mas este Sindicalismo é, acima de tudo, apolítico, e é-o, pelas desilusões criadas pelo Estado Liberal em que se insere.
De facto, o marxismo, dado o seu carácter altamente teórico, tem fracos resultados iniciais. Olhando em volta, ele vai encontrar, graças aos tais «outros motivos mais concretos, mais palpáveis», no Sindicalismo, que surgira da consciência dos trabalhadores de que só o sofrimento os irmanava, e a miséria os unia, frente à opressão capitalista mancomunada com o Estado, e isto em todos os países —, as forças militantes para a sua afirmação, para a sua conquista política.
O Sindicalismo, porém, resiste. Continua desconfiado de tudo o que seja política. Esta atitude, bem compreensível, aliás, que tinha sido a razão da sua força, e aí estão as reivindicações satisfeitas a prová-lo, é também, a sua fraqueza fundamental, o seu calcanhar de Aquiles. Cansadas de combater os efeitos, as forças sindicalistas, compreendem que urge, sim, combater as causas e voltam-se, então, abertamente para a política, atitude a que não é estranho, também, o quererem colmatar o seu vácuo teórico e evitar, incluso, o próprio exaurir que se anunciava próximo. São, então, os Sindicatos das várias tendências e confissões.
Aceitam-se, pois, tacitamente, as teses fundamentais do liberalismo, isto é, o conceito da vida colectiva como conflito de forças adversas, com um árbitro e algumas, poucas, regras puramente formais.
E, agora, o Sindicalismo clássico, já ganho à política do Estado parlamentar, transforma-se, não sendo mais do que a transposição para a esfera grupalista do que o liberalismo prega na esfera individualista. Isto é, passamos do binómio Indivíduo-Estado, para o de Sindicato-Estado, onde as deficiências são as mesmas que no primeiro.
Surgem, então, as tentativas de superação.
Uma dessas tentativas, aquela que nos interessa fundamentalmente, porque nossa, é o Nacional-Sindicalismo, que procura resgatar, em outras bases, o projecto inicial, — a todos os títulos nobre do liberalismo e ainda que falhado —, da participação efectiva, autêntica, real, de todos os membros da comunidade, na governança da mesma, utilizando as energias sindicais na regulamentação dos grandes problemas da convivência, e libertando-as, ao mesmo tempo, da sua submissão mais ou menos inconsciente, aos postulados da organização liberal. Não negamos, portanto, quer a vigência quer as vitórias do Sindicalismo clássico, na época terrível das primeiras indústrias pesadas, que surgem triturando nas suas engrenagens de cobiça e de egoísmo, homens, mulheres e crianças. Partimos, até, dessa base já solidamente organizada, pois ela é indispensável para se encontrar um adequado processo, um adequado sistema de popular representação política.
À consulta indiscriminada e indiferenciada, através do voto anónimo de exíguo peso do Cidadão-Eleitor deste ou daquele partido, propomos a da opinião tecnicamente qualificada, com peso real, por sectores de actividade: — os Sindicatos—, em que cada um é competente e está directamente interessado.
O sufrágio sindical representa, portanto, frete ao sufrágio inorgânico, uma notável redução do conteúdo e não menos notável aumento do peso específico, pois garante-se a qualidade técnica da opinião expressa, paralelamente ao interesse efectivo pela participação na governança da «res publica», graças à incorporação do indivíduo em associações profissionais, formadas com suficientes elementos de juízo, superiores, portanto, a uma mera agrupação de pareceres de indivíduos isolados.
Contudo, o Nacional-Sindicalismo não se detém na pura sistematização da representação politica através dos Sindicatos. Isto é, o Sindicato surge-nos, ainda, como órgão de gestão dos interesses dos que os formam, assumindo, por incumbência do Estado, a maioria das funções públicas que àquele competiam. O Estado sindicaliza-se, torna-se povo e os Sindicatos sobem ao Poder.
Dá-se, portanto, uma sindicalização da sociedade, em que a base é o Sindicato Vertical, órgão representativo e de Governo, mediante o qual o povo participa, realmente, na direcção da política de produção e distribuição dos bens, e aquele assume, ainda, o papel de instrumento de ordem, de ressorte de poder para os grupos sociais, de garantia para os direitos do indivíduo.
O Nacional-Sindicalismo pretende, assim, fazer participar o povo no Governo, dar um conteúdo político ao Estado, levando às suas instituições principais uma adequada representação da sociedade. E tudo isso para evitar que o Estado não seja um vácuo de que se possa assenhorear uma minoria ou um grupo social não representativo e a Sociedade não se veja reduzida a uma massa anónima, a uma simples soma de indivíduos, sem capacidade política, sem opinião, sem eficácia.
Se no campo da convivência social e económica, o sufrágio sindical, é, pois, a base e o sistema que permitem, no futuro Estado Nacional-Sindicalista, a real harmonização da opinião pública e da integridade e independência da autoridade, não podemos ignorar, ainda, a existência de problemas que transcendem este aspecto na medida em que dizem respeito — não fôssemos nós cristãos — aos valores eternos da própria pessoa humana. Trata-se, dada esta inegável realidade, de encontrar outros meios de consulta para estes casos concretos, tendo sempre em vista a qualificação e interesse da opinião expressa.
O Município por um lado, como elemento de descentralização do poder público e de gestão da administração local; e a Família, por outro, como unidade elementar de convivência e asseguradora da salvaguarda e protecção pública da religião e da moral, assim como núcleo fundamental da educação dos novos cidadãos nas virtudes cívicas e militares, são, portanto, os meios de consulta complementares do sistema representativo do Nacional-Sindicalismo, tendentes a conseguir a efectiva e real participação de todos os elementos da Comunidade Nacional na direcção dos interesses colectivos.
Conseguida a superação do sistema liberal, e portanto do indivíduo (homem caracterizado pela separação), conseguida a superação de qualquer absolutismo, e portanto do súbdito (homem caracterizado pela sujeição), o ser humano readquire, com o Nacional-Sindicalismo, a sua qualidade de portador de valores eternos, o qual ligado por afinidades sentimentais, territoriais e profissionais, aos outros homens, realiza o governo real do povo, que é o governo do homem integral.
posted by Nacionalista @ 7:42 da tarde, ,
Solidariedade com David Irving
terça-feira, fevereiro 21, 2006
posted by Nacionalista @ 11:46 da tarde, ,
O Poder Cultural
posted by Nacionalista @ 11:29 da tarde, ,
O Poder Cultural
Quando se procura caracterizar o debate político e ideológico que, neste momento, tem lugar nos países ocidentais, a palavra que mais espontaneamente nos vem à cabeça é a palavra «totalidade».
Estamos perante um debate total. Com isto pretendo significar não um debate de natureza ou pensamento totalitários, mas um debate que, cada vez mais, se remete indistintamente para campos directa e especificamente considerados como «políticos», assim como para campos considerados anteriormente «neutros». O facto é que, há alguns anos, as diferentes facções, os diferentes partidos, argumentavam essencialmente sobre tópicos directamente políticos, tais como as instituições, o tipo de governo, o sistema económico, considerados mais directamente relacionados com a moral ou possuindo um maior grau de predominância na condução das sociedades, etc. Entretanto existia um consenso tácito sobre as estruturas fundamentais e mais elementares: a instituição da família era então muito raramente questionada e não havia também discussão sobre a utilidade da educação, da medicina, da psiquiatria, etc. Finalmente era considerado que um acordo podia e devia ser facilmente atingido com base em factos científicos, ou seja, nas verdades dos factos obtida através da dedução lógica ou pela prática do método experimental.
Esta situação mudou, hoje, totalmente e as sociedades modernas encontram-se face a uma contestação, a qual, não só desafia este ou aquele tipo de poder ou governo, mas ataca as próprias estruturas da sociedade, o que denuncia a sua «evidência» como um «acordo», a qual sustenta sistematicamente, com sucesso, que não há diferenças entre o homem e a mulher, que não há justificação para a autoridade dos pais sobre os seus filhos, que os doentes mentais são pessoais normais e que, por outro lado, são as pessoas normais que estão loucas, que a prática da medicina torna as pessoas doentes mais vezes do que as cura e que a realidade dos factos científicos não deve ser avaliada mediante o seu grau de verdade mas pela sua concordância relativamente às ideologias em voga. Em tais condições, a própria noção de política encontra-se consideravelmente transformada. Diz-se muito que «a política invadiu tudo»; eu diria antes que os sectores de actividade humana, de natureza não directamente política, adquiriram uma nova dimensão, no sentido de terem perdido a «neutralidade» a eles atribuída no que se refere à vida política. E acrescentaria que isto é particularmente verdade nos sectores da actividade cultural e tentarei mostrar (ao longo deste breve trabalho) como se formou, além do poder político, um poder para o qual eu sugiro o nome de «poder metapolítico» ou «poder cultural».
A herança da revolução francesa
Na minha opinião, há um facto assente: não existe neutralidade. Permanecer silencioso significa tão-somente conferir um poder extra àqueles que falam (e, no campo das relações internacionais, permanecer «neutro» perante um problema ou um dado processo, é apenas guardar a própria «força» para outra ocasião). O simples facto de pertencer a uma escola de pensamento, de seguir uma doutrina filosófica ou religiosa, de votar num partido político, implica um «ajuizar» que atinge, sucessivamente, todos os campos de aprendizagem e actividade.
Foi dito – (e não deixa de ser provável que seja algo mais que um gracejo) – que o homem de direita tinha uma gastronomia diferente da do homem de esquerda! Nenhum campo escapa à «ideologia», a qual definirei aqui como o modo de ver o mundo que nós herdamos, que nós sentimos instintivamente, ou que deliberadamente escolhemos como nosso. O mundo é neutro fora dos homens, pois fora do homem não existe pensamento auto-consciente. Nas sociedades humanas, pelo contrário, nada é neutro. Os seres humanos, poderíamos dizer, são animais que dão significado ao que os rodeia, colocando esse meio numa perspectiva histórica específica. Há maneiras diferentes de ver o mundo e de pertencer a ele, e estas incluem o conhecimento puro, tanto como o conhecimento intuitivo, as emoções, os valores implícitos, os juízos estéticos, etc.
Além disso temos que considerar que a sociedade é uma estrutura, na qual, tudo está ligado. A nossa percepção intelectual leva-nos, por meio da capacidade de análise, a separar os diferentes constituintes desta estrutura para tentar compreender melhor a sua ordem e para alcançar a sua transformação.
Mas, entretanto, este conhecimento dá-nos a ilusão de que as coisas são realmente distintas umas das outras, embora elas apenas estejam assim na nossa mente (notamos, a propósito, que é esta profunda diferença existente entre o mundo das ideias e o mundo dos factos – sendo a primeira apenas uma imagem sempre imperfeita da segunda – o que explica o carácter heteróclito da acção política, isto é, o facto de que as consequências reais das acções empreendidas diferem sempre, de um ou de outro modo, do efeito pretendido inicialmente). Realmente (como o disse um pouco acima) tudo está ligado. Numa estrutura social, o sentido de cada membro depende não só da sua natureza intrínseca mas também – e especialmente – da sua função relativamente aos outros membros. Nações, povos, indivíduos têm um sentido enquanto estão em posição, em comparação com ambos os partidos e – tal como para um jogo de xadrez – ninguém pode actuar sobre nenhum deles, isto é, modificar as barreiras que existem entre este e aquele membro, sem modificar, ao mesmo tempo, uma ordem mais geral.
Claro que podemos lamentar este estado de coisas, assim como podemos lamentar a influência crescente das ideologias. No entanto, parece-me difícil, se não impossível, modificá-lo. Queiramo-lo ou não, estamos condicionados pelo nosso meio assim como também o estamos pelo que existiu antes de nós.
O homem nasce primeiro como um herdeiro. Ele não nasce em série, ele nasce dentro de um povo, dentro de uma cultura, dentro de uma dada era, e é desta particular posição em que está que ele será levado a emitir juízos de valor e juízos de facto; (é tão necessário aspirar à objectividade, como quanto teremos que nos resignar que sempre será impossível alcançar uma objectividade total. É impossível considerar «objectivamente» todos os aspectos de um problema, assim como o é olhar a terra de dois pólos ao mesmo tempo).
Nesta relação, as leis que governam as sociedades humanas não diferem muito das leis da microfísica: a posição do observador determina em parte o esboço da «paisagem» estudada.
O que é certo, por outro lado, é que as ideologias, isto é, os modos de ver e conceber o mundo, ainda quando não se associam como tal não foram sempre conscientes de si próprias como o são hoje, numa era em que já foram grandemente acumuladas e formalizadas numa multidão de sistemas. Esta «súbita preocupação ideológica» é, obviamente, uma consequência directa ou indirecta da revolução de 1789. De facto, logo que o princípio de autoridade que naturalmente governava as sociedades da pré-revolução foi posto em dúvida na sua legitimidade e nos seus fundamentos, tudo o que antes «was going without saying», tudo o que era espontaneamente considerado como posição integrante de uma «ordem natural», apareceu como convenção, isto é, como uma criação humana subjectiva, e, em consequência, deparou-se com uma grande quantidade de facções político-ideológicas, pretendendo todas, sucessivamente, possuir uma «nova verdade» e procurando os meios de assegurar o poder para si próprias. Paralelamente, desde que o Estado se colocou na posição de ser questionado pelas diversas facções, as quais estão aptas a uma tomada do poder de um dia para o outro (como é hoje sabido) vimos, enquanto todo um edifício de contra-poderes era levantado frente ao poder estabelecido, simultaneamente surgir toda uma multiplicação e expansão de pólos de pressão ideológica.
Estado-político, Estado-administração
Relativamente ao Estado, este constituía a matéria de um duplo desenvolvimento.
Por um lado, estava na situação paradoxal de ter de exercer a sua autoridade sobre todos os membros da sociedade, quando o seu poder e o seu sufrágio haviam procedido apenas de uma secção dessa sociedade. Noutros termos: o Estado moderno só pode existir graças a um certo consenso da maioria dos membros da sociedade, ainda que proceda, por meio dos partidos em acção, de uma certa ruptura desse mesmo consenso.
Por outro lado e precisamente para justificar este paradoxo, o Estado desviou-se cada vez mais para fora da esfera da política. Não digo que o Estado já não faça política. A «política de estadistas» está, pelo contrário, mais presente que nunca em todos os níveis da engrenagem de um Governo. Apenas pretendo afirmar, por este mesmo facto, que o Estado não tem já o monopólio da política, e por conseguinte já não é a personificação da essência política. Podemos ver um dos efeitos desta realidade ao observar que os países Ocidentais se tornam cada vez mais «administrativos», esperando recriar, ao nível económico e material, um consenso que já não existe no nível político e ideológico.
De facto, é uma situação verdadeiramente perigosa, pois um Estado que nega o seu próprio princípio (princípio da soberania e da autoridade) para se dedicar principalmente aos problemas económicos e sociais, está mais que nunca sujeito a ser derrotado pelos poderes que se desenvolvem fora dele e contra ele. (Além de que, ao reduzir toda a finalidade social a uma preocupação económica se torna prisioneiro de uma forma inesperada do «princípio do prazer», pois satisfazendo exigências, exclusivamente materiais, em vez de as reduzir, estimula-as e torna-as ainda mais intensas).
A escola e a política
Penso que, aquela corrente a que geralmente chamamos Esquerda ou Extrema-Esquerda, teve o mérito de ter sido a primeira a tomar consciência da realidade estrutural da inter-conexão de todos os sectores da mente e da actividade e, consequentemente, da realidade da impregnação ideológica destes sectores. A chamada Direita, pelo contrário, conservou-se durante bastante tempo, prisioneira da ideia ilusória de que havia sectores «neutros» – ou (de um modo ligeiramente diferente) de que era possível voltar à situação anterior, na qual um consenso implícito era alcançável nestes sectores. Temos em França um bom exemplo dessa diferença de atitudes no campo da educação. Enquanto a extrema-esquerda se vai apossando de um importante número de posições-chave na educação secundária e universitária, a direita nada mais faz do que lastimar a «politização da escola», que aparece de facto como irreversível (e que está hoje especialmente aberta ao criticismo porque é unilateral).
Aquilo que, no debate intelectual, fez a superioridade metodológica do esquerdista, foi ele ter sabido (e continuar a saber) o que cada um tem que pensar, do seu ponto de vista, em tópicos que são, à primeira vista, tão diferentes como as relações de produção na Idade Média, a pintura abstracta, a invenção do cinema, o «Design» de «Mass Housing», a genética molecular ou a teoria «Quantum» (ou pelo menos ele sabia que neste, como em qualquer outro tópico, a doutrina que ele tinha como sua, tinha uma palavra a dizer). A Direita pelo contrário não entendeu que não havia «verdades da ala direita» e «verdades da ala esquerda», mas sim, caminhos de direita e de esquerda (para mais uma vez utilizar expressões convencionais) com o fim de calcular os factos admitidos, adquiridos pela mudança de conhecimento, organizando-os, colocando-os numa perspectiva particular que lhes dará igualmente um significado particular.
E é provavelmente a razão porque a esquerda e extrema-esquerda acertaram sempre, mais sistematicamente na teorização, na formalização do seu «Approach» epistemológico e doutrinário, na criação de um corpus ideológico, útil para ser usado como referência em discussões posteriores.
Quer isto dizer que não há «ideologia da ala direita»?
Claro que não. Mas em muitos casos, poderíamos afirmar que esta ideologia apenas existe por dentro, de uma maneira implícita. A direita ignora muitas vezes as suas potencialidades; muito raramente teve noção de todas as implicações das suas próprias aspirações. A sua «mensagem» está presente mas não explícita. Todo o trabalho, agora, consiste em trazê-la à superfície. Neste ponto, chamar um doutor Freud… é tentador.
Considerando estes diferentes «Data» (dados), como se esclarece e desenvolve a noção de poder cultural? Penso que a melhor resposta para esta questão é referirmo-nos à obra do homem que, nos nossos dias, foi o seu primeiro teorizador: o italiano marxista e comunista António Gramsci.
A análise de Gramsci
Primeiro que tudo algumas referências biográficas:
António Gramsci nasceu na Sardenha em 1891. Chegou a Turim em 1911, tendo aderido primeiro ao partido socialista, depois ao partido comunista, sendo um dos seus membros proeminentes nos anos vinte. Nessa altura, logo após a revolução bolchevista de 1917, a Internacional comunista enfrentará numerosas crises. Lenine, o que primeiro decidiu apressar as cisões entre os partidos socialistas europeus e sociais-democratas, em 1921, avançou com uma política de Frente Popular, a qual ele considerou então como a única capaz de refrear o progresso da «reacção».
No partido comunista italiano, estes volte-face originaram uma disputa entre Gramsci, membro do executivo do Komintern desde 1922, e Bordiga que queria recusar qualquer colaboração com os «sociais-traidores» ou seja «sociais-democratas». Esta crise caseira do partido teve consequências sérias. Eleito deputado em 1924, Gramsci, dois anos depois ganhou a aceitação das suas teses e tornar-se-á Secretário-Geral do PCI. Mas já era tarde. Afastado do seu eleitorado, exausto pelas lutas internas, vítima da ascensão do fascismo, assim como das crises do partido comunista, Gramsci é preso e, depois, transferido para a ilha de Utica e condenado a vinte anos de prisão.
É na sua cela que ele se irá dedicar a um profundo estudo da Praxis Marxista-Leninista e, além disso, às causas do falhanço socialista-comunista nos anos 20. Porque vem a consciência dos homens atrás do que a sua «consciência de classe» lhe possa sugerir?
Como podem as classes sociais dominantes, em minoria, submeter «naturalmente» à sua autoridade as classes dominadas, em maioria? Estas são, entre muitas outras, as questões que vêm à mente de Gramsci. Tais são as questões a que ele irá tentar responder, estudando mais atentamente a noção de ideologia e estabelecendo a distinção definitiva e clássica, de ora em diante, entre «Sociedade Política» e «Sociedade Civil».
Por «sociedade civil» (este termo já tinha sido usado por Hegel, embora Marx o criticasse) Gramsci entende todo o sector «privado» isto é, os campos cultural, intelectual, religioso e moral, enquanto manifestações no sistema da burocracia, do corpo jurídico, administração, serviços públicos, etc. O grande erro dos comunistas, diz Gramsci, foi acreditar que o Estado era apenas um simples instrumento político. Actualmente, estados estabelecem consensos, ou seja, governam, não só através da sua organização política, mas também através de uma ideologia implícita, baseada em valores estabelecidos, considerados como «Going without saying» pela maioria do povo. Este instrumento «civil» inclui a cultura, as ideias, a moral, as tradições e ainda o senso comum.
Em todos estes campos, não directamente políticos, um poder está a trabalhar e o Estado depende também dele: é o poder cultural. Noutros termos, o Estado não exerce a sua autoridade apenas pela coerção. Além da sua dominação pela autoridade directa, comando que maneja através do poder político, também beneficia, graças à existência e actividade do poder cultural, de uma espécie de «hegemonia ideológica» e adesão espontânea da maioria das mentes, na concepção das coisas, no modo de ver o Mundo, o qual o fortalece e, ao mesmo tempo, o justifica nos seus próprios temas, valores e ideias. (Esta distinção não está muito longe da que foi feita por Louis Althusser entre «sistema repressivo do Estado» e «instrumentos ideológicos do Estado»). Nesta, diferenciando-se de Marx, que reduzirá a «sociedade civil» simplesmente à sua subestrutura económica e à contradição entre forças de produção e estruturas de apropriação de capital, António Gramsci tem a consciência perfeita (sem contudo estar suficientemente claro que a ideologia se encontra intimamente ligada às mentalidades – isto é, à constituição mental dos povos) de que é nesta «sociedade civil» que são trabalhadas, divulgadas e multiplicadas as diferentes concepções do Mundo, filosofias, religiões, explícitas ou implícitas; o consenso social depende de todas estas formas para dominar, fortalecer-se e sobreviver. Assim, colocando a sociedade civil ao nível da superestrutura, somando-lhe a ideologia, à qual pertence, Gramsci fará a distinção, dentro do Mundo Ocidental, entre duas formas de superestrutura: por um lado, a sociedade civil, do outro a sociedade política (ou o «Estado» propriamente dito). Enquanto que, no Oriente, o Estado é tudo, sendo a sociedade civil «primitiva e gelatinosa», nos países ocidentais, especialmente nas sociedades modernas onde o poder político é informe, a entidade «civil» – a mentalidade da época, o espírito do tempo possui um lugar proeminente. E foi este lugar proeminente que os partidos comunistas dos anos 20 não compreenderam. Assim, não o levarão verdadeiramente em conta ao conceberem as suas estratégias. Neste sentido, eles foram desencaminhados pelo exemplo de 1917: porque se Lenine conseguiu manter o poder, conseguiu-o (entre outras razões) porque na Rússia não havia praticamente uma sociedade civil.
Poder cultural e sociedade civil
Pelo contrário, nas sociedades em que cada membro participa mais ou menos da ideologia implícita que uma concepção do mundo espontâneo pressupõe, nas sociedades onde reina uma atmosfera cultural própria, torna-se impossível apoderar-se do poder político sem previamente se ter apoderado do poder cultural.
A revolução Francesa de 1789, por exemplo, é disso um bom exemplo. Foi possível na medida em que foi preparada por uma «revolução das mentalidades», ou seja, pela difusão das ideias da «filosofia das Luzes» no seio da aristocracia e da burguesia. Como Helène Vedrine diz (no seu ensaio «Les philosophies de l'histoire», Payot, 1975) «a conquista do poder não é apenas realizada por uma insurreição política que toma para si o estado, mas por uma longa acção ideológica na sociedade civil, que ajudará a abrir o caminho».
Do ponto de vista de Gramsci, numa sociedade avançada, a «transição para o socialismo» não é efectuada nem por um «Putsch» nem por um assalto directo mas, de facto, pela transformação das ideias comuns, equivalente a uma lenta subversão das mentalidades. O pelourinho desta Guerra Estática é a cultura, considerada como centro e depósito de valores e ideias.
Apercebemo-nos, então, de que Gramsci recusa simultaneamente o leninismo clássico, isto é, a teoria da luta revolucionária, o revisionismo estalinista dos anos 30, ou seja a estratégia da política de frentes populares, e a tese de Kautsky, a ideia de uma «vasta assembleia de trabalhadores».
O papel dos intelectuais
Paralelamente à «obra do partido», que é uma obra concretamente política, Gramsci propõe a realização de uma «obra cultural», para substituir por uma «hegemonia cultural proletária» a «hegemonia burguesa». Tal tarefa é essencial para se obter a mentalidade da época (isto é, um resumo da sua razão e da sua sensibilidade) em harmonia com a mensagem política que se quer inserir nela.
Por outras palavras, para obter a maioria política a longo prazo, tem que se obter primeiro a maioria ideológica, porque será apenas no momento em que valores diferentes dos existentes ganharem a sociedade activa, que a sociedade começará a vacilar nos seus fundamentos e o seu poder efectivo começar-se-á a desintegrar. Será possível, então, tirar politicamente proveito da situação: a acção histórica ou o sufrágio popular confirmarão – ao nível das instituições e do sistema de governo – uma evolução já adquirida nas mentalidades.
Deste modo, Gramsci concebe uma função precisa aos intelectuais, induzindo-os a «ganhar a guerra cultural»; aqui, o intelectual é definido pelo modo como reage em relação a um dado tipo de sociedade e de produção. Gramsci escreve: «cada grupo social, nascido no terreno específico de uma função essencial, no mundo da produção económica, cria em simultâneo, organicamente, um ou vários estratos de intelectuais que lhe dão a homogeneidade e consciência da sua própria função, não só no campo económico, mas também nos campos social e político» («Os Intelectuais e a Organização da Cultura»). Desta maneira, Gramsci estabelece outra distinção entre os intelectuais orgânicos, que asseguram a coesão ideológica de um sistema ou de um grupo social, e os intelectuais tradicionais que representam o antigo estrato social que sobreviveu às transformações dos modos de produção. É ao nível do que ele chama «intelectuais orgânicos» que Gramsci recria o sujeito da história e da política – «o Nós organizador dos outros grupos sociais» (para usar as palavras de Henri Lefèbvre – «La Fin de I'Histoire», Minuit, 1970). Isto significa que o sujeito da história não é já o Príncipe, nem o Estado, nem sequer o Partido, mas sim a vanguarda intelectual ligada à classe trabalhadora (ou, pelo menos, suposta de estar ligada a ela). Gramsci defende que o seu dever é cumprir uma «função de classe», sendo o porta-voz dos grupos representados nas forças de produção, fazendo um lento «trabalho de formiga branca» (o qual evoca a revolucionária «velha bruxa» de Marx).
Finalmente deve dar ao «proletariado» a «homogeneidade ideológica» e a «auto-consciência» necessárias para assumir a sua hegemonia – um conceito que, em Gramsci, supõe e prolonga o conceito de «Ditadura do Proletariado» tanto quanto ele ultrapassa a Política para incluir a matéria cultural.
Assim, Gramsci detalha todos os meios que considera significativos na «persuasão permanente»: o apelo à sensibilidade popular, a inversão dos valores normativos, a criação de «heróis socialistas», o teatro, o folclore, a promoção de canções e por aí adiante. Para a definição destes meios, inspira-se na experiência inicial do Fascismo italiano e dos seus primeiros sucessos. O Comunismo, diz, deve, de facto, ter em conta a experiência soviética, sem contudo tentar seguir o seu exemplo passivamente; pelo contrário, deve ter em conta, para a definição de um contra-poder cultural, a especificidade das problemáticas nacionais e caracteres populares específicos. A acção histórica e popular não deve negligenciar a diversidade das sociedades nem deixar de ter em conta o temperamento, mentalidades, herança histórica, cultura, tradições, ou relações de classe – o que inclui também, obviamente, os seus aspectos ideológicos.
Gramsci – e lembremo-nos que ele escrevia nos anos 30 – sabe perfeitamente que o «Post-fascismo» não será socialista, mas crê que esse período, quando o liberalismo reinar (outra vez), será uma excelente ocasião para praticar a subversão cultural, pois os partidários do Socialismo e Marxismo encontrar-se-ão então numa óptima posição de comando moral. Desta «viragem democrática», Gramsci é de opinião que se erguerá um bloco histórico, sob a supervisão da «classe trabalhadora», enquanto os «intelectuais tradicionais», pouco a pouco marginalizados, serão finalmente ou integrados ou derrubados. (Por «bloco histórico», noção baseada no estudo da situação no Mezzogiorno, entende Gramsci um sistema de alianças políticas associando infraestruturas e superestruturas centradas à volta do proletariado, mas sem se identificarem com ele e baseado na «História» no sentido marxista, isto é, nas relações de classe e lutas no interior da sociedade.)
A penetração de contra-valores nas sociedades contemporâneas
Sofrendo de tuberculose, António Gramsci morre a 25 de Abril de 1937, numa casa de saúde italiana. A cunhada herdou as suas notas da prisão, num total de 33 blocos, encarregando-se da sua circulação. Logo a seguir à guerra, estas notas tiveram um tremendo sucesso e exerceram uma enorme influência, em primeiro lugar na evolução do partido comunista italiano e depois na generalidade dos grupos de esquerda e de extrema-esquerda nos países europeus.
Em certos aspectos, especialmente se nós nos cingirmos apenas aos aspectos metodológicos da teoria de «poder cultural», as ideias de Gramsci provaram, actualmente, serem proféticas. E não devemos ficar surpreendidos pela sua importância nos reajustamentos estratégicos que caracterizam o que hoje é chamado, certo ou erradamente, Eurocomunismo – com fenómenos tais como a busca, pela maioria dos partidos comunistas europeus, de um novo «bloco histórico», o abandono pelo partido comunista francês do conceito de «Ditadura do Proletariado», a presente atitude do Partido Comunista Italiano, etc.
Várias tendências das actuais sociedades realçam em demasia – e consequentemente facilitam – a influência exercida pelo poder cultural. Em primeiro lugar, devemos notar que o papel desempenhado pelos intelectuais dentro da estrutura social nunca foi tão importante como hoje em dia. A democratização da educação, o papel proeminente desempenhado pelos «media», a necessidade (relativamente às penetrações das modas, incessantemente renovadas) de encontrar «novos homens de talento» (reais ou supostos), a crescente sedução dos «opinion leaders» pelas ideias em moda (os «Gallups» fornecem um bom exemplo) e tendo todos estes factores repercussões uns nos outros, cria-se assim a possibilidade da intelligentzia manejar um considerável poder.
Devemos notar ainda a importância crescente das actividades de «tempos livres» que ajudam ainda mais a propagação de um certo tipo de cultura e a divulgação de um certo número de temas e valores, a também crescente vulnerabilidade da opinião pública a uma mensagem metapolítica, tanto mais eficiente, sugestiva e assimilável, quanto as suas ideias-base e o seu carácter propagandístico não são realmente entendidos como tal e, portanto, não encontrando pela frente o mesmo tipo de racionalização de reservas de consciência que enfrentaria uma mensagem declaradamente política.
Além disso, o poder dos espectáculos e das modas repousa neste carácter específico: uma novela, um filme, uma peça, um programa de televisão, etc., serão entendidos a longo prazo como políticos, mas de imediato trarão consigo uma lenta transformação, um lento deslizar das mentalidades de um sistema de valores em direcção a outro.
Finalmente, há outro aspecto das sociedades actuais que não podemos descuidar quando falamos da acção do poder cultural: é o facto de a maioria dos regimes liberais Ocidentais estarem pessimamente preparados e ainda totalmente indefesos, devido à sua própria natureza, frente a esta transformação das mentalidades e esta subversão das ideias.
Os poderes ocidentais estão, actualmente, prisioneiros dos seus próprios princípios por duas razões. Por um lado, numa ordem política pluralista a competição está, necessariamente, garantida para todas as ideologias em confronto e a sociedade não pode actuar contra as ideologias totalitárias sem correr o risco de se tornar (ou ser considerada) tirânica. O estado pode proibir a posse de armas de fogo ou o uso de explosivos; mas é-lhe muito difícil, sem interferir com o princípio da liberdade de expressão, proibir a publicação de um livro ou um espectáculo, ainda que estes constituam, se se apresenta a ocasião, como autênticas armas apontadas contra ele (Estado). Assim, as sociedades ocidentais arriscam-se a cometer um lento suicídio, encontrando-se, como se encontram, baseadas no pluralismo, pois este pluralismo não existe realmente sem o consenso da maioria dos seus membros e, por outro lado, a sociedade não pode pôr fim a este pluralismo sem requestionar as suas próprias bases. Consequentemente, é nos regimes liberais ocidentais, onde precisamente a intelligentzia é especialmente livre de exercer o seu papel crítico, que se encontra o mais fraco consenso. A ordem pluralista, como Jean Baechler constatou, é caracterizada por um pluralismo transitório. De facto, o pluralismo político, isto é, o reconhecimento institucional da legitimidade de esquemas competitivos e divergentes, produz por si próprio um efeito corruptivo no consenso.
A multiplicidade dos partidos, pelo simples mecanismo da competição dá-nos a possibilidade de nos apercebermos, cada vez mais claramente, da multiplicidade e variedade das partes, instituições e valores. De facto, quase nada ficou aos membros da sociedade para que possam chegar a um acordo unânime. («Qu'est-ce que l’Idéologie?», Gallimard, 1976).
O combate total
O que nos leva a um círculo vicioso: a actividade dos intelectuais contribui para a ruína do consenso geral; o alastrar das ideologias subversivas acrescenta-se às falhas intrínsecas dos regimes pluralistas; de seguida, quanto mais se desintegra e se desmorona o consenso, tanto mais a procura ideológica – (a actividade dos intelectuais responde a isso precisamente) – aumenta. Correlativamente, o poder, constitucionalmente obrigado a ter em conta as mudanças da opinião pública, e ele próprio seduzido pelas miragens da moda e pelos dons da intelligentzia, favorece muitas vezes este processo de substituição de valores, do qual acabará por ser vítima. Assim aparece, sob a acção do poder cultural, a formação de uma maioria ideológica.
Como conclusão, direi que, em minha opinião, é de todo em todo inútil lamentar a «politização» (e ideologização) de todas as esferas do pensamento e da acção, que observamos hoje. Podemos considerar como um facto, de agora em diante, que tudo se encontra «engagé» e é muito pouco provável que no futuro, possamos voltar atrás. A política, levada para longe do estreito campo dos negócios de Estado, prolifera por todo o lado, invade todos os campos. A neutralidade torna-se impossível, pela simples razão que acaba por promover a acção dos que não são neutros. Sendo as coisas como são, qualquer actividade intelectual ou científica, qualquer acontecimento cultural, qualquer obra artística ou literária apoia indirectamente um partido ou um grupo de opinião, acrescentando-se assim a uma qualquer concepção específica do mundo. Qualquer «aspecto» do pensamento, tanto quanto intervém para colocar o real em perspectiva, refere-se a uma interpretação da realidade, a uma visão específica. Qualquer espectáculo ou conversa tanto quanto organiza o mundo segundo um determinado ponto de vista, está na linha da ideologia – a suprema astúcia da metapolítica é não ter dúvidas da falta de clareza com que se apresenta.
Assim, é necessário, enquanto se conserva um sistema de pensamento aberto, portanto não dogmático, saber tomar um partido, aprender a distinguir a forma pela qual o «político» e o «metapolítico» ou o cultural estão correlacionados. É necessário, em face de um discurso que possui em tudo a sua coerência, elaborar e apresentar um outro discurso que possua também, em si, a sua própria coerência. Sem uma teoria precisa não pode haver uma acção eficiente. Não podemos economizar uma ideia ou uma concepção do mundo. E primeiro que tudo não podemos pôr o carro à frente dos bois. Todas as grandes revoluções históricas, só reduziram a factos uma evolução, já adquirida de uma maneira subjacente, nas mentalidades. Não podemos, por assim dizer, ter um Lenine antes de um Marx. Uma das tragédias do que hoje chamamos a «Direita», é não ter compreendido a necessidade de uma acção a longo prazo. A direita não se apercebeu da ameaça que o poder cultural representa para o Estado, ainda não pressentiu que o poder cultural actua nos valores implícitos que são o suporte da homogeneização do consenso, necessário à perenidade do poder político, não entendeu que o ataque político frontal tira proveito da guerra ideológica de posições. Através de constantes acções a curto prazo acabamos sempre por falhar a «longo prazo». E para ganhar a longo prazo é preciso criar ou recriar, metapoliticamente, o clima geral, o espírito geral, em relação ao qual, o discurso político directo apareceria mais «autenticamente» verdadeiro. Mas, semelhante tarefa, só é possível quando se sustenta numa teoria (quando uma linha justa e referências precisas tenham sido delineadas). Só então, podemos efectivamente falar em «prática teórica». E é esta «prática teórica» que eu espero (que nós esperamos) se testemunhe em acção no futuro.
posted by Nacionalista @ 11:26 da tarde, ,
A realidade é um cartoon!
posted by Nacionalista @ 6:43 da tarde, ,
Eu não receio a liberdade de expressão
A ler na Causa Identitária.
posted by Nacionalista @ 6:41 da tarde, ,
Comunicado da Causa Identitária: A Liberdade de Expressão é novamente questionada!
posted by Nacionalista @ 6:38 da tarde, ,
Braço ao Alto
E àqueles que não gostam
De nos ver de braço ao alto
Temos só de lhes dizer
Que vão ter de viver
Em eterno sobressalto!
- Rodrigo Emílio
posted by Nacionalista @ 5:14 da tarde, ,
Rodrigo Emílio – Presente!
posted by Nacionalista @ 5:04 da tarde, ,
Quem tem medo da liberdade de expressão?
posted by Nacionalista @ 5:02 da tarde, ,
Os três F's: ontem como hoje
domingo, fevereiro 19, 2006
Desculpem-me os camaradas cristãos/católicos mas não posso deixar de desabafar a minha indignação para com esta autêntica palhaçada nacional que é a trasladação da urna da irmã Lúcia. Este ridículo espectáculo monopolizou os vários canais televisivos incluindo o público, aquele que todos nós comparticipamos sejamos ou não cristãos, mostrando desde um helicóptero à carrinha funerária a fazer o trajecto até Fátima. Não há pachorra!!!
Dizem os prosélitos do 25 do A. que no tempo de Salazar o regime procurava instrumentalizar o povo através de três F's – Fado, Futebol e Fátima. Curiosamente foi neste regime desgraçado que assistimos à glorificação do Fado com a colocação do túmulo de Amália Rodrigues no Panteão nacional!!! Foi com este regime que assistimos à maior exaltação do fenómeno futebolístico, nomeadamente com o Euro 2004!!! E agora assistimos a esta farsa da irmã Lúcia e à continuação do mito de Fátima!!! Afinal parece que agora assistimos ao Novo Estado do Estado Novo…
- JM
posted by Nacionalista @ 5:55 da tarde, ,
Novidades
posted by Nacionalista @ 4:30 da tarde, ,
Concurso israelita de cartoons anti-semitas
Este fez-me rir um bom bocado.
posted by Nacionalista @ 1:14 da manhã, ,
Lido no "Jantar das Quartas"
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Nos próximos meses vai iniciar-se o processo de chegarem aos aeroportos largas centenas de milhar de africanos e brasileiros que reivindicam o direito a instalarem-se em Portugal, isto porque “alegam” que tiveram pelo menos um avô que era português. Com estes pioneiros à conquista da Europa, vêem como atrelado a restante família, composta por dezenas de irmãos e primos.Lá que é uma medida para o aumento da população é, infelizmente, consubstancia uma substituição da população, mas se calhar é precisamente aquilo que se pretende.
Ainda no decorrer dos próximos tempos, vamos começar a assistir à reivindicação de quotas para dar maior representatividade aos “novos portugueses” provenientes das Áfricas e dos Brasis, porque afinal são Portugueses se bem que diferentes com direitos iguais, mas como já se sabe a sociedade não lhes permite condições para uma efectiva integração, terá que ser à força das quotas para terem maior representatividade. Será aquilo que o Sócrates chamará, uma medida de inteira justiça social, um passo de grande humanidade.
Para esta colonização nem é preciso esperar muito, é já nas próximas eleições para as legislativas, sempre se ganham mais votos e reforça-se a imagem de grande estadista, um homem com uma missão.
A partir daí sim, é livre-trânsito para toda a CPLP se instalar a seu bel prazer em Portugal. Actualmente, já nem precisam de vistos para entrar em Portugal, e têm corredores especiais de acesso nos aeroportos, com estas medidas e no âmbito deste espírito de abertura, tudo aquilo que for CPLP tem automaticamente e à nascença, o direito inalienável de se instalar em Portugal.
Quem se atrever a discordar desta invasão/colonização, tem que jurar a pés juntos que nem é racista nem hostiliza os imigrantes.
posted by Nacionalista @ 8:13 da tarde, ,
Comunicado da Causa Identitária: A lei assassina
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Uma vez mais, os Portugueses de cepa não são tidos nem achados, na definição rigorosa da sua Identidade: a atribuição da nacionalidade!
Segundo os vozeiros do politicamente correcto representados na AR, a nacionalidade Portuguesa está ao sabor e ao critério de apenas quatro anos de escolaridade!!! Artifício malicioso para conceder ao desbarato a nacionalidade Portuguesa a quem chegou ontem a terras lusitanas.
A Causa Identitária não põe em causa os direitos económico-sociais concedidos aos imigrantes legalmente residentes em Portugal, mas não pode sob pena de prejudicar severamente os Portugueses, concordar com a atribuição automática, ou semi-automática a quem não é Português de origem (jus sanguinis).
Com o espírito desta lei, Portugal corre o risco de no futuro se assemelhar a um qualquer Zimbabué, Haiti ou África do Sul… veja-se o passado, olhe-se o presente dessas nações.
Algumas zonas das nossas cidades prenunciam o mais negro dos cenários. Veja-se os exemplos do presente e pense-se no futuro se a nacionalidade for concedida a pessoas alheias ao espírito de ser Português e Europeu.
A Causa Identitária considera esta lei um assassínio legal da Identidade dos Portugueses. Coloca em perigo o nosso presente e hipoteca o futuro dos nossos filhos.
Portugal é dos Portugueses!
A Europa é dos Europeus!
posted by Nacionalista @ 9:13 da tarde, ,
Lei da Nacionalidade
posted by Nacionalista @ 9:10 da tarde, ,
Grupo DIRLIP
posted by Nacionalista @ 9:05 da tarde, ,
Nacional-sindicalismo
Desta distinção entre liberalismo e capitalismo nasce em boa medida a nossa entre propriedade privada e propriedade capitalista. Recordemos que José António Primo de Rivera considerava que enquanto a propriedade privada era um atributo humano essencial, uma projecção directa do Homem sobre as suas coisas, a propriedade capitalista era exactamente o contrário: a propriedade inumana, anónima e exploradora dos que, sem trabalhar, arrecadam a melhor parte da produção (os juros, os dividendos, as rendas, etc.), utilizando o capital não como um instrumento ao serviço da produção, mas sim como um instrumento técnico de dominação económica que atinge a categoria de factor fundamental da produção, e supostamente com direitos próprios que o elevam, inclusivamente, acima do trabalho.
(…)
Outra explicação fundamental que convém ter presente é a distinção entre empresário e capitalista. O empresário é aquele que com o seu talento empreende e dirige uma empresa, mas que não deixa de ser um trabalhador. O capitalista é aquele que funda o seu título de propriedade dos meios de produção no facto de ser o dono do capital. O capitalista pode ser empresário ao mesmo tempo (coisa muito normal), mas nem sempre é assim. De facto, é cada vez mais frequente vermos empresários não-capitalistas que actuam como meros gestores contratados por uma junta de accionistas. Para nós o empresário é um trabalhador e é, portanto, necessário à empresa. O capitalista não.
(…)
É para nós evidente que no sistema de salariado o trabalhador vende-se a si próprio. Não é em vão que o contrato de salariado tem a sua origem no arrendamento de escravos romano. A cruel expressão “mercado de trabalho” limita-se a reflectir a ideia imperante do trabalhador como um elemento mais da produção, como um factor produtivo que se compra e vende. Por isso recusamos tal expressão de forma rotunda e sem reservas.
(…)
Para nós a mais-valia é o fruto da produção, e por tanto não é criada pelo capital, mas sim pelo trabalho. O capital por si só não gera mais-valias. Necessita da intervenção do trabalhador para ter um valor acrescentado e por isso cremos que ele é o seu legítimo proprietário.
- Jorge Garrido San Román, El Nacionalsindicalismo como alternativa al capitalismo
posted by Nacionalista @ 12:26 da manhã, ,
A consequência das portas abertas
terça-feira, fevereiro 14, 2006
posted by Nacionalista @ 8:03 da tarde, ,
Boicote ao Al-Carrefour
E que tal boicotar o Carrefour? Já está a ser feito!
posted by Nacionalista @ 7:14 da tarde, ,
Eu também gosto de cartunes!
posted by Nacionalista @ 12:06 da manhã, ,
Revisionismos
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
posted by Nacionalista @ 4:20 da manhã, ,
Prémio: "Até a minha mãezinha vendia!"
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
O Carrefour decidiu boicotar os produtos dinamarqueses.
posted by Nacionalista @ 11:26 da tarde, ,
Jornal egípcio já tinha publicado as caricaturas em... Outubro!
posted by Nacionalista @ 12:27 da manhã, ,
A nossa guerra
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
posted by Nacionalista @ 7:08 da tarde, ,
TIR
posted by Nacionalista @ 7:00 da tarde, ,
Nem Sião, nem Islão. Europa aos Europeus!
posted by Nacionalista @ 6:56 da tarde, ,
O essencial e o acessório
A ler no Último Reduto.
posted by Nacionalista @ 6:55 da tarde, ,
Caricaturas: Da polémica à política
A ler no Pena e Espada.
posted by Nacionalista @ 1:48 da manhã, ,
Quem é que anda à procura de um pretexto para atacar quem?
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Senão vejamos:
«Representations to the doughty Rose having failed to raise not only an apology, but an eyebrow, accredited ambassadors to Denmark from 10 Islamic countries (and Turkey, which is officially secular) piled in, demanding a meeting with the Danish Prime Minister Anders Fogh Rasmussen.»
Ou seja, os embaixadores de vários países muçulmanos na Dinamarca acharam por bem exigir ao PM dinamarquês um pedido de desculpas. Os nossos “anti-sionistas” de plantão com certeza que acharão muito bem que os embaixadores de potências estrangeiras pretendam interferir desta maneira nos assuntos internos de outro Estado. Será que foram os judeus que incitaram os ditos embaixadores a este comportamento?
«Later in October, death threats forced the Jyllands-Posten to hire guards to protect its employees. “We have taken a few necessary measures in the situation, as some people seem to have taken offence,” said the newspaper’s editor-in-chief in a radio broadcast.»
Mais tarde, elementos da comunidade muçulmana desse país decidiram fazer ameaças de morte ao jornal. Com certeza também se trata de uma conspiração sionista.
Mas o melhor é isto:
«A demonstration in Copenhagen by “as many as 5,000 Muslims” having failed to provoke a change of heart, in December, Danish Muslims announced they were sending “delegations” to a number of Islamic countries to meet with “senior officials and prominent scholars” although with what end in view they didn’t say.»
Ou seja, já que não conseguiram vergar o governo dinamarquês, decidiram recorrer à “artilharia pesada”. E para que não houvesse hipótese de falhanço, decidiram juntar aos 12 cartunes originais outros 3 especialmente insultuosos.
Afinal de contas quem é que anda à procura de um pretexto para atacar quem? Sinceramente, tudo isto é demasiado complexo e não se compadece com teorias da conspiração simplistas.
As citações são retiradas deste artigo.
posted by Nacionalista @ 6:45 da tarde, ,
A não perder
A entrevista feita ao Rodrigo no blogue In Silencio.
posted by Nacionalista @ 3:57 da manhã, ,
O julgamento que o Ocidente preferiria esquecer
terça-feira, fevereiro 07, 2006
O julgamento de Slobodan Milosevic iniciou-se há quatro anos atrás na Haia. Disseram-nos que se tratava do “mais importante julgamento desde Nuremberga”. Desde então, nunca mais se ouviu falar do julgamento, o que é pena, já que as audiências têm estado longe de ser aborrecidas.
Vejamos o caso de Ratomir Tanic, um “insider” que alegadamente assistiu às ordens de Milosevic para a expulsão dos Albaneses do Kosovo. Tanic não foi sequer capaz de dizer em que andar ficava o escritório de Milosevic e veio-se a saber mais tarde que era pago pelos serviços secretos britânicos.
Depois tivemos o testemunho de Rade Markovic, antigo chefe dos serviços secretos jugoslavos. Esperava-se que Markovic denunciasse o seu ex-patrão, mas em vez disso confessou que foi submetido a ano e meio de “tortura e pressão” para assinar um documento preparado pelo tribunal. E como se não fosse suficiente, um capitão muçulmano do exército jugoslavo testemunhou que nunca tinha visto – ou ouvido falar – de ataques a civis albaneses no Kosovo.
Durante a sua defesa, Milosevic tentou demonstrar o grau de cooperação entre o Ocidente e os militantes islamistas nos Balcãs. Mostrou um vídeo de Lord (Paddy) Ashdown inspeccionando armas do Exército de Libertação do Kosovo (UÇK) e prometendo aos seus líderes que faria “o seu melhor” para lhes conseguir apoio. Revelou também um documento do FBI detalhando a extensão do envolvimento da Al-Qaeda na região. Quem quer que tenha seguido o julgamento tem o direito de perguntar ao nosso governo porque é que alinhou com os extremistas muçulmanos, que são supostamente nossos inimigos mortais.
Ainda bem para Tony Blair que o mais importante julgamento desde Nuremberga já não parece ser tão importante.
- Neil Clark
posted by Nacionalista @ 7:41 da tarde, ,
Lido no fórum Stormfront
El mismo diario que caricaturiza a Mahoma, se burló en su día de todo lo que significa Historia, costumbres y religión de carácter europeo, o sea cristiana. Y no sucede nada.
Y en otros países de Occidente, más de lo mismo. En la Francia Católica se han ciscado en el Papa y todo lo que signifique catolicismo, en las últimas décadas, sin importarles si ofendían o no a sus compatriotas que aún conservaban el sentido religioso.
Sin embargo, los "liberales" se privan muy mucho de insinuar cualquier cosa que pueda parecer ofensiva al Islam. O sea que se les ha dejado CRECER y exigir en tierra ajena, porque era y es políticamente correcto permitir la invasión islámica de esta Europa en descomposición.
Quede bien claro, que no siento ninguna simpatía ante tanta vulgaridad, chabacanería y falta de dignidad de todos nuestros medios de comunicación de masas. Pero hay que PLANTARSE de una vez, y dejar bien claro a los musulmanes, que AQUÍ en EUROPA, deben callar o marcharse.
Pero, como dije en otros correos, si después de las masacres de Madrid y Londres; después de los gravísimos disturbios de Francia; y tras la quema de embajadas europeas, se sigue FOMENTANDO la invasión islámica, eso quiere decir que nuestra civilización es un ESPERPENTO y un DESHECHO.
posted by Nacionalista @ 7:40 da tarde, ,
Proclamação de Londres
Traição tem agora um único significado para a Europa: significa servir qualquer outra força que não a Europa. Agora apenas há uma traição, traição à Europa. As nações estão mortas, pois a Europa nasceu.
posted by Nacionalista @ 2:57 da manhã, ,
Presente!
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
posted by Nacionalista @ 8:39 da tarde, ,
Ainda bem que o Islão é uma religião da paz, caso contrário não quero nem pensar...
posted by Nacionalista @ 7:04 da tarde, ,
Acabei de ouvir o palhaço do Marcelo Rebelo de Sousa a defender a "tolerância" e a criticar a "xenofobia" para com os muçulmanos. Porque é que este palhaço há uns meses atrás, quando os muçulmanos colocaram a França a ferro e fogo, não se lembrou de defender a tolerância para com os franceses? Será que a "tolerância" tem sentido único?
posted by Nacionalista @ 9:28 da tarde, ,
Petição
sábado, fevereiro 04, 2006
Já assinaram esta petição?
posted by Nacionalista @ 11:09 da tarde, ,
Quem manda na Dinamarca?
posted by Nacionalista @ 11:08 da tarde, ,