MONARQUIA E REPÚBLICA (ESBOÇO DUMA TEORIA)
sábado, abril 29, 2006
Há entre os escritores da Action Française uma fórmula que por si só define o problema. No seu advento ao trono de S. Luís, o Rei de França será, como outrora «o protector das repúblicas francesas». «Repúblicas francesas» são as comunas, são as administrações provinciais, antigamente autónomas, mas agora garrotadas pelo centralismo burocrático, desde a vitória do Estado napoleónico.
(…)
Efectivamente, uma coisa é a República como doutrina política, outra coisa é a República como noção histórica da governança ou do poder.
A doutrina da República exclui a concepção orgânica que antigamente se fazia do facto-república. O facto-república afirmou-se principalmente na Idade Média com as liberdades municipais e corporativas, fundamentadas no direito legítimo do homem a viver e com razão moral no profundo ideal cristão daquela época. É, na verdade, da convergência de tão variados elementos que resulta a necessidade da sua coordenação pela força unificadora da Realeza. Quando a Realeza se estabelece e desenvolve, em que bases é que nós a vemos assentar a sua profunda acção pacificadora? Nas comunas revoltas, no Terceiro Estado em desavença constante com as arrogâncias, por vezes despóticas, do mundo feudal.
Se, à falta de expressão mais idónea, a nós nos é lícito empregar a palavra «democracia», a Realeza é desta forma o único regime estruturalmente democrático que se conhece na história. E dizemos «democrático», porque só a unidade da soberania, como a Realeza a obtém e consolida, realiza o equilíbrio das classes, sem predomínio, seja ele qual for, dumas sobre as outras.
Detalhando melhor a nossa tese, não se suponha que floreamos com ela um paradoxo impertinente! O grande mestre que foi Fustel de Coulanges já sustentava que a «república» só era compatível com a «aristocracia», enquanto que a «democracia» só se acomodava verdadeiramente à «Monarquia». Antes de avançarmos, entendo, porém, esclarecer o significado dos dois vocábulos na linguagem do ilustre historiador. «Foi a Grécia, — dizia Fustel —, que introduziu no mundo o governo republicano, e foi uma classe aristocrática que o introduziu na Grécia». Mais tarde em Roma é a aristocracia que derruba a Realeza, substituindo-a por um Senado que deliberava e por magistrados que executavam as deliberações do Senado. Tanto na Grécia como em Roma, a aristocracia, fundando a república, teve logo o cuidado de afastar a multidão das funções directivas. Mais tarde, no momento em que a república sucumbe, é substituída na Grécia pelos «tiranos» clássicos e em Roma por César que abre as portas ao Império. O que é depois o Império senão um mandato exercido em nome do povo romano?
Eis as razões em que se fundava a teoria de Fustel de Coulanges. São razões que perfilhamos, tão depressa tomemos «aristocracia» como sinónimo de «oligarquia». Realmente, as aristocracias representavam para Fustel, sobre os restantes corpos do Estado, a supremacia duma classe, a ditadura abusiva duma casta. Não é outro o espectáculo que nos oferece a Grécia dos tempos áureos. Toda a sua civilização, reduzida ainda ao perímetro estreito de Cidade, descansava discricionariamente na escravatura.
O número dos cidadãos, — dos que discutiam e tinham voto na governança comum, traduzia-se numa minoria insignificante perante o grosso da população condenada a trabalhar para os outros, sob a dureza duma lei tão opressiva como humilhante. Surgiram os tiranos. E Fustel caracteriza-os como «mandatários do povo contra a aristocracia». É o que sucede em Roma, ao desabar da República. (…)
Percebe-se que, restringindo os privilégios excessivos dos barões feudais, a Realeza nunca poderia contar com eles como colaboradores pacíficos e submissos. Evidentemente que carecia de um apoio, — e dum apoio seguro. Onde é que a Realeza o encontra? Encontra-o nas Comunas, encontra-o nas Corporações, — no povo miúdo e obscuro que cresce, não revolucionariamente para a sua imposição violenta, mas para a conquista das suas franquias, das suas isenções, das suas liberdades, enfim. A autoridade real, numa guerra de séculos quase, defendia, no próprio interesse, o equilíbrio social da preponderância exagerada dum dos braços do Estado sobre os demais. (…)
As lutas da aristocracia contra a Realeza documentam largamente o nosso ponto de vista. Entre nós, já no espraiar da Renascença, como explicar, senão assim, a política de D. João II contra a casa de Bragança e os fidalgos, seus sequazes? O fenómeno que se verificava em Portugal, verificava-se lá fora, — em França, por exemplo. Em 1481, nos Estados Gerais de Tours, quem invoca a soberania inicial da nação é um orador da nobreza, Felipe Pot de la Roche. Em contraste, o cónego Jean de Rély, representante do braço do povo, incita o monarca ao exercício pleno da sua autoridade, acrescentando que o ofício do rei é levantar os pobres da opressão («rélever les povres de oppression!»).
(…) A natureza oligárquica das democracias modernas ainda não há muito que a demonstrou uma pena insuspeita. Refiro-me ao professor Robert Michels, da Universidade de Turim, no seu conhecido livro, traduzido para francês, — Les partis politiques.
Também assim o entende Georges Sorel, — o notável teórico do sindicalismo francês, ao caracterizar a democracia como um governo de classe contra as outras classes. Dos ensinamentos de Georges Sorel deriva uma das correntes mais curiosas e mais positivas do pensamento contemporâneo. Estabelecida a incapacidade orgânica dos sistemas democráticos para resolver a questão social pela sua condição simultaneamente plutocrática e parlamentarista, ao proletariado só resta a Revolução ou o Rei. Georges Valois, ao colocar o dilema, examina-lhe os termos detidamente. Daí a hipótese da Monarchie-ouvrière, que nos meios operários mais esclarecidos vai alargando o seu prestígio e a sua influência.
(…)
Descendo da teoria aos factos, reconhecemos que nas críticas de Georges Sorel à democracia ressurgem as considerações que motivaram no campo da história a atitude de Fustel de Coulanges. O predomínio dissolvente dos partidos sobre as legítimas aspirações da colectividade equivale às antigas querelas da Nobreza e do Clero contra a supremacia neutralizadora da Coroa. Há uma diferença, no entanto, que é de justiça destacar. Nunca, a não ser em raras circunstâncias, as discórdias das classes privilegiadas atentaram contra a própria constituição do Estado. (…)
Não sucede outro tanto com os partidos políticos, — consequência da liberdade metafísica dos utopistas do 89. Não chegam a ser órgãos do Estado, pois que não passam de elementos parasitários, mantendo-se à custa da corrupção e do favoritismo. O poder, quando o alcançam, sequestram-no em seu benefício exclusivo, como se fosse coisa conquistada. Por intermédio dos mil tentáculos duma burocracia opressiva e inerte, nós vemo-los imporem-se na sua minoria atrevida e insaciável à colectividade escravizada. (…)
O Absolutismo triunfa sem reservas no século XVIII. É conveniente acentuar que o Absolutismo não é, em todo o caso, a vontade caprichosa do Soberano, — o «bon plaisir du prince». «Na Monarquia absoluta, — escreve Amédée Bonde no seu Droit Constitutionnel —, o monarca reúne em si todos os poderes…; ele faz a lei, mas a lei promulgada por ele obriga-o tanto como aos seus súbditos»*. Não passa dum ilusório engrandecimento do poder real o que o Absolutismo lhe confere. Destruindo todos os organismos intermédios, o Absolutismo deixa apenas o Estado na presença do indivíduo, despojado já da rede miúda das associações domésticas e económicas, cuja eliminação Royer-Collard tanto lastimava. É o conceito romano do Poder que ressuscita integralmente. E no dia em que o soberano for derrubado por um vento revolucionário, a posse do país torna-se pronta e fácil, mercê do excessivo estadismo que, julgando aumentar o prestígio dinástico, só o enfraquece e ameaça de morte.
Compreende-se já como o Estado absolutista do século XVIII antecede logicamente o Estado metafísico e todo-poderoso das modernas democracias. Esse Estado é o Estado napoleónico, — insistimos —, baseado não na noção histórica da autoridade, derivada da Família, da Comuna e da Corporação, mas no simples conceito materialista da força e do domínio. Eis porque, desfeitos os órgãos naturais da sociedade, só pela burocracia e pela centralização o Estado napoleónico se mantém e defende na fragilidade evidente dos seus alicerces. (…)
Deste modo, só a Monarquia, restituída à sua verdadeira essência, pode restaurar as velhas liberdades municipais e corporativas, que constituíam a estrutura democrática, reconhecida por Fustel de Coulanges à Realeza. Com a democracia, — doutrina e constituição jurídica, com essa é que jamais se conseguirá obter, por culpa de nascença, um mínimo de descentralização. Precisamente, nas repúblicas é que o despotismo administrativo se torna cada vez mais vincado. Prova-o a própria Suíça, que a mitologia política em voga nos apresenta como uma república-modelo, mas onde a tendência centralizadora cresce de ano para ano.
(…) Confunde o Absolutismo funções directivas com funções administrativas. Exigindo para o Rei o exercício independente da suprema magistratura, a verdadeira Monarquia orbita-lho, porém, pelo federalismo económico e municipalista. «O Rei governa, mas não administra». Herdada de Gama e Castro, tal é a fórmula política do Integralismo. (…)
Aqui está por que não errava muito o jornalista nosso adversário quando há dias, em conversa amena sobre Integralismo, nos apresentava como desejando uma república com um Rei a dirigi-la. (…)
posted by Nacionalista @ 8:43 da tarde, ,
Um pouco atrasado...
posted by Nacionalista @ 8:27 da tarde, ,
Já falta pouco...
quinta-feira, abril 27, 2006
posted by Nacionalista @ 9:32 da tarde, ,
Nem sequer vou fazer comentários sobre o tom demagógico e tendencioso da maior parte das “notícias”, mas por entre tantas imprecisões e incorrecções houve uma que me chamou a atenção. A “reportagem” da SIC sobre a “extrema-direita” dizia, a certa altura, sobre a manifestação contra a criminalidade realizada pela FN o ano passado, que tinha juntado 400 “cabeças rapadas” e ao mesmo tempo mostrava as imagens… e não se via uma única cabeça rapada! Será que estes tipos pensam que somos todos atrasados mentais, será que eles pensam que podem mostrar uma imagem e dizer outra coisa e ninguém repara?
posted by Nacionalista @ 6:03 da tarde, ,
Há que admirar os americanos pelo seu empreendedorismo
Citizen-built border fence gains steam.
posted by Nacionalista @ 4:07 da manhã, ,
O Estado Novo e a organização do proletariado
terça-feira, abril 25, 2006
E neste particular convirá talvez definir, uma vez mais, a posição do Estado.
A velha hipótese do burguês e do proletário, separados por rivalidades ferozes e por abismos sem solução, é uma hipótese que nós temos de afastar do nosso caminho. É uma imagem que fez o seu tempo.
O Estado português não é burguês, como não é proletário. Ambos os epítetos lhe desagradam por igual. Assim, da mesma forma que todo o nosso programa económico tende a evitar quaisquer veleidades de domínio das oligarquias, também não poderemos consentir que por parte do proletariado a sua organização se faça em som de guerra incondicional.
A nossa Constituição encerra os princípios mais altos e mais nobres da verdadeira solidariedade humana.
Todos os homens a quem incumbe realizá-la nos seus aspectos de transcendente alcance estão possuídos dum alto desejo de justiça social e da aspiração por uma vida mais perfeita.
Assim, nunca como agora o operariado encontrou da parte do Estado uma tão aberta intenção de o atender.
Não esqueçam as palavras categóricas que a tal respeito pronunciou já quem hoje orienta toda a política nacional:
«Com a mesma solicitude com que temos acudido a outras necessidades e com a mesma tenacidade com que havemos resolvido outros problemas, até há pouco considerados insolúveis, nós trataremos do seu emprego, da sua habitação, da sua higiene, da sua saúde, da sua invalidez, do seu salário, da sua educação, da sua organização e defesa da sua elevação social, da sua dignidade, nós melhoraremos a sua condição — não digo bem — nós transformaremos a sua posição na vida económica e no Estado. Com as restrições apontadas e com esta outra — que a bem dele (do proletariado) não podemos andar demasiado depressa — o nosso espírito está aberto às mais largas reformas no campo económico e social; só fazemos excepção das que desconheçam o princípio da hierarquia dos valores e dos interesses e da mais perfeita conjugação destes dentro da unidade nacional».
É certo que esta forma de apresentar o problema se afasta bastante da baixa lisonja e das promessas mentirosas que eram de uso em todas as falas dirigidas à massa operária. Mas a questão fica posta com tanta clareza como sinceridade.
Querem os operários portugueses organizar-se em sindicatos profundamente integrados na unidade nacional e tendentes a realizar, na harmonia do Estado Corporativo, os altos fins a que todos aspiramos: um nível de vida mais compensador, um critério de riqueza socialmente mais útil, uma equidade mais justa na ordenação de todas as coisas? Quase que se dispensa a resposta.
Não pode deixar de ser esse o desejo fremente de quantos mourejam o pão de cada dia. Do operário, do empregado no comércio, do pequeno agricultor, de todo o chefe de família que mal ganha para sustentar-se a si e aos seus e para quem a vida, ontem, hoje e amanhã, parece ser só um círculo negro onde não luz uma réstia de sol.
Se é isso que se pede — uma harmonia social mais perfeita dentro duma Pátria amada e respeitada — todos estamos de acordo.
A Nação organizada nas suas corporações económicas e morais encontrará para cada um dos seus filhos um lugar mais justo, uma sorte menos amarga e menos desamparada.
O que deixará de ter sentido é uma intenção reservada por parte dos operários.
Pode em certo momento de desilusão perante a falsidade das promessas dos que enganaram o povo ter-se julgado sinceramente que outro era o caminho da libertação. Mas, repetimos: esse espírito perde agora toda a razão de ser.
O sindicato vermelho, manobrado por dirigentes com ligações internacionais inimigas do bem comum, é um factor de perturbação que vai ser substituído por órgãos verdadeiramente construtivos e comparticipantes da unidade nacional.
Temos de sacudir de uma vez para sempre a intolerável submissão aos mitos que nos pretendem dividir.
Não há luta de classes em Portugal. O Estado português, repito, não se declara capitalista nem burguês, da mesma forma que não aspira a que um dia possa ser exclusivamente proletário.
Tudo isso são expressões ocas de todo o sentido verdadeiramente humano, inimigas dos princípios, altos e belos, que pusemos na nossa nova Constituição, como fachos luminosos e apontar-nos o caminho do futuro.
posted by Nacionalista @ 9:19 da tarde, ,
Daniel Feret condenado
domingo, abril 23, 2006
Os panfletos em causa retratavam imigrantes, comparando-os a criminosos e muçulmanos a terroristas.
Feret, que na próxima semana irá deslocar-se à Rússia para acompanhar um congresso europeu de nacionalistas, já fez saber que equaciona pedir asilo a este país, pois de acordo com ele na Rússia ainda existe uma efectiva liberdade de expressão.Isto é revoltante, é vergonhoso, é nojento, enquanto a escumalha invasora pode tudo fazer, tudo dizer, tudo destruir, os nacionalistas são humilhados e condenados por tribunais circenses, que apenas gozam com aqueles que pagam os impostos a essa corja que dá pelo título de juízes.Europeus ergam-se!
posted by Nacionalista @ 3:00 da tarde, ,
BEM DO POVO E NÃO POVO QUE GOVERNE
sábado, abril 22, 2006
A democracia é o reinado da oligarquia e da plutocracia.
Só um poder independente e idealista poderá vencer esta situação vergonhosa, exploradora. Somos, portanto, antidemocráticos.
Queremos, no entanto, e por consequência, que a democracia seja banida, mas que a demofilia, o bem do povo, o amor ao povo, o bem comum se instaurem.
Com a vitória do bem nacional, do interesse nacional, correrá pelas veias da Pátria, por todo o povo, o benefício, chegando aos sectores privados, aos compartimentos regionais, às classes e profissões, às famílias e aos indivíduos, organicamente, hierarquicamente, mas em conjunto.
Combatemos uma situação que só procure a instalação de interesses plutocráticos, de gigantismos económicos, de negociatas egoístas, coisas odientas mascaradas com a defesa da ordem e do interesse nacional. Requeremos uma limpeza dos quadros, um revigoramento da Revolução, um idealismo sobreposto à máquina de Estado tecnicista e burocrática. Somos a favor da política, opomo-nos à rotina onde proliferem os videirinhos e um capitalismo apátrida, às vezes rotulando-se de grandes nomes e conspurcando os altos valores.
Desejamos um governo que governe, que não se envergonhe da sua razão e verdade, que não tema desagradar à opinião, mas que não se entregue nas mãos nem dos comunistas nem dos plutocráticos, da oligarquia ou da democracia, do materialismo, enfim.
Continuamos, pois, fiéis ao lema e à afirmação de Salazar: a Revolução continua!
posted by Nacionalista @ 4:51 da tarde, ,
O “Contrato Social”
sexta-feira, abril 21, 2006
posted by Nacionalista @ 6:59 da tarde, ,
posted by Nacionalista @ 4:52 da tarde, ,
Matando a Sede nas Fontes de Fátima - Rodrigo Emílio
quarta-feira, abril 19, 2006
posted by Nacionalista @ 5:26 da tarde, ,
Envolta no cerco pela América e pela Rússia Soviética
Mas simultaneamente, nas costas do nosso continente desenvolveu-se uma outra potência mundial não menos formidável, que sob o emprego das enormes riquezas naturais da Rússia e com os milhões dos seus povos variados, sob o disfarce da doutrina comunista, principiou a esboçar um programa de expansão ainda muito mais consequente, ameaçando ao mesmo tempo a Ásia Oriental e a Europa. Se os Estados Unidos tentaram a cisão vertical do continente europeu nos chamados países democráticos e autoritários, a fim de conseguir a impotência e a destronização da Europa, apropriando-se ao mesmo tempo dos formidáveis territórios coloniais europeus, então a União Soviética avançou em campo horizontal com o auxílio da internacional comunista. No ano do 1932, dispunha ela na Alemanha de 6 milhões de comunistas. Quando esta probabilidade não pôde ser utilizada por Moscovo com a vitória do nacional-socialismo, lançou-se o comunismo sobre a França, onde, com a Frente Popular, foi quase realizada a famigerada teoria de Dimitroff, o chefe da quarta internacional, pelo chamado cavalo de Tróia. Finalmente na Espanha, a onda vermelha desencadeou a guerra civil sangrenta, com a qual os historiadores vindouros designarão o princípio verdadeiro desta segunda Grande Guerra.
Apenas o ressurgimento rápido e não previsto por ninguém da Alemanha sob a chefia de Adolf Hitler, transformando-se numa potência mundial de primeira categoria, impediu já no quarto decénio deste século o êxito das tentativas comunistas de minagem, que finalmente tinham todas por objectivo transformar a Europa verdadeiramente num apêndice da Ásia Soviética. Já Dostojewski, quando con¬siderou Moscovo como a terceira Roma, tinha profeticamente pretendido ver a sorte da Europa no facto de que ela sucumbiria um dia à pressão acumulada das massas populacionais da região russa. Foram poucos apenas os que reconhece¬ram, antes da deflagração desta guerra, a relação interna da ameaça dupla da Europa pela sua cisão tanto vertical como horizontal: segundo Estados e classes. Os povos europeus continuavam obstinados com a sua ideologia de guerras civis. Continuavam a não ter ideia nenhuma de que lhes tinha sido apresentada a questão determinante do ser ou não ser, devido a esta modificação poderosa do mundo. A derrota francesa do ano de 1940 teve uma das suas razões no facto de que o povo francês sentiu instintivamente que tinha sido arrastado para uma guerra, que decorria contra os seus próprios interesses, e na qual não tinha nada a ganhar. Mas tão obstinados eram os antigos preconceitos europeus da nossa época de guerras civis, que ainda nove meses mais tarde os sérvios puderam ser incitados para a sua ruína simultaneamente pelos sovietes e pelos norte-americanos. Aí, em Belgrado, mostrou-se pela primeira vez abertamente a colaboração das duas potências imperialistas extra-europeias que tentavam penetrar na Europa. Elas serviram-se de conjurados de espírito restrito, que, dominados tanto pelas ideologias democráticas como pelas comunistas, procederam contra os interesses dos seus próprios países. Mais uma vez foi mostrado em ponto pequeno com um exemplo drástico, o efeito fatal da cisão vertical e horizontal da Europa.
Só desde há poucas semanas, quando o sexto exército alemão com os seus camaradas romenos e croatas sucumbiu nos escombros de Estalinegrado sob a ban¬deira de guerra tremulando e esfarrapada pelo vento glacial da estepe, puderam talvez os povos deste continente compreender com toda a intensidade que esta guerra, que arrasta a flor da juventude viril da Alemanha para a vastidão do leste, não é somente uma guerra alemã, mas sim a guerra sagrada da Europa. Os finlandeses e os romenos que já tinham sido os dois abrangidos pelas garras do imperialismo soviético, foram talvez os primeiros a compreender de uma maneira mais clara antes de todos os outros povos europeus que conflito de importância histórico-mundial se desenrolava, quando a 22 de Junho de 1941 Adolf Hitler aplicou o golpe contra a ameaça que se tornava cada vez mais horrível de mês para mês. Também húngaros e italianos tinham feito já as suas experiências com o bolchevismo, enquanto os espanhóis e portugueses, no ocidente do continente, tinham tirado os necessários ensinamentos dos sofrimentos da guerra civil. Mas nem todos os povos da Europa viam nas mesmas proporções a relação unitária da ameaça dupla do nosso continente pelo imperialismo americano e pelo soviético. Só agora, quando ficou evidente que a América do Norte e a Inglaterra estão dispostas a entregar ao bolchevismo o continente desde a Turquia até à Fin¬lândia, desde os estónios até aos franceses a espanhóis, a fim de dividirem entre si a presa das riquezas coloniais europeias na África, poderão os suecos talvez com¬preender que Estocolmo e o seu país estariam perdidos, se a frente no Lago Ladoga não se aguentasse; mas também a França, a Bélgica e a Suiça abrangerão que entre eles e o aniquilamento só se encontra a muralha formada pelos corpos e pelos canhões dos granadeiros alemães, longe da sua pátria.
posted by Nacionalista @ 3:17 da tarde, ,
Eu não digo?
terça-feira, abril 18, 2006
posted by Nacionalista @ 1:29 da manhã, ,
Selo comemorativo
segunda-feira, abril 17, 2006
posted by Nacionalista @ 6:44 da tarde, ,
Leitura recomendada
posted by Nacionalista @ 6:43 da tarde, ,
Padraig Mac Piarais
posted by Nacionalista @ 6:36 da tarde, ,
República homenageia rebeldes
posted by Nacionalista @ 6:34 da tarde, ,
O tribunal tinha motivos para matar Milosevic
domingo, abril 16, 2006
posted by Nacionalista @ 6:24 da tarde, ,
Tenho ou não tenho razão?
Enquanto lia o Dragão, dou de caras com este link.
posted by Nacionalista @ 6:19 da tarde, ,
Vai uma aposta?
Aposto que é possível ouvir/ler uma referência aos nazis e às suas pobres vítimas pencudas pelo menos uma vez por dia, todos os dias, em algum media (rádio, televisão, cinema, imprensa, etc.). O jogo começa hoje e conto com a ajuda dos meus leitores!
A primeira referência: o filme Infiltrado.
* * *
Sinceramente, não sei o que é que os pencudos pensam conseguir com esta vitimização contínua, mas sei o que vão acabar por conseguir: 1. banalizar a coisa a tal ponto que já ninguém lhe vai ligar um chavelho, 2. que as pessoas se fartem a tal ponto, que até vão começar a achar que foi bem feito.
posted by Nacionalista @ 3:01 da manhã, ,
Uma Patologia das Organizações?
quinta-feira, abril 13, 2006
Historicamente, a participação de toda a população nas decisões, quer na formulação das propostas, quer no debate, tornou-se inviável pelo processo crescente de complexidade das funções e pela rápida ampliação da dimensão das sociedades. Os gestores, directores, chefes, como Michels repetidamente sublinha, tornaram-se tecnicamente indispensáveis. Trata-se de uma demonstração histórica, que nem Popper pode iludir com comentários argutos sobre a frase de Péricles: «Embora só poucos possam originar uma política, todos somos capacitados para a julgar»[1]. De facto, os poucos estrategicamente posicionados fazem a tal política, que eventualmente virá a ser julgada por todos. Permanece o facto dos poucos fazerem a política que implica e envolve directamente os muitos. Neste relacionamento bipolar repousa o problema da representação e o próprio conceito de democracia, que coloca na electividade a marca da própria legitimidade do poder exercido, atribuindo-o à massa votante.
O facto das oligarquias serem eleitas, como fez notar Mosca também, por camadas populacionais cada vez mais vastas, em nada afecta a tese organizativa: «Encontramos em toda a parte eleitores e eleitos. Mas também encontramos em toda a parte um poder quase ilimitado dos eleitos sobre as massas que elegem»[2]. Com efeito, Michels pensa que os representantes, na maioria dos casos, estão fora do alcance da massa dos eleitores e, quando muito, só grandes eleitores poderão exercer sobre eles alguma influência, mas até esses «grandes eleitores» são incapazes, por si mesmos, de penetrar no corpo oligárquico[3]. Liminarmente, «a primeira eclosão de uma direcção profissional marca para a democracia o princípio do fim»[4].
As massas heterogéneas das sociedades modernas não são susceptíveis de ser representadas, consequentemente os representantes veiculam tão só a sua vontade individual. Um especialista em organizações, como é o caso de Amitai Etzione, não tem dificuldade em concordar que embora as chefias se originem por via electiva e possam ser mudadas pelos seus membros, «a oligarquia prevalece em muitos países e numa grande diversidade de organizações»[5].
Assim, como verá Michels a democracia? Como «um ideal que nunca terá para a história humana outro valor senão o de um critério moral que permite apreciar, nas suas oscilações e nuances mais ligeiras, o grau de oligarquia imanente a todo o regime social»[6]. O inquérito sobre a democracia é no fundo saber em que medida ela é possível, desejável e realizável na conjuntura.
Na óptica de Michels, por conseguinte, nas democracias pode-se e deve-se continuar a falar da oligarquia política, isto é, de uma classe de indivíduos profissionalmente dedicados à competição e exercício do poder, que os obriga, normalmente, à aceitação do sufrágio popular com última decisão. Este, contudo, mais que exprimir uma vontade originária e livremente formada, plebiscita opções dos aparelhos partidários ou pronuncia-se sobre escolhas que eles previamente estabeleceram. As oligarquias partidárias seleccionam e impõem os nomes que se apresentarão ao eleitorado, nomes que terão que ter aceitação no topo da hierarquia e cujo processo de selecção dá hipótese ao reforço dos controlos hierárquicos por prémio e castigo e oportunidade à prática de uma certa cooptação, que só amplia e aprofunda as tendências oligárquicas, pois mais que um método de escolha é uma táctica de manutenção, de integração de novos elementos na estrutura decisional sem suscitar instabilidade.
O princípio oligárquico é uma tendência inquietante enquanto característica organizacional, tão inquietante que Mitzman preferiu colocá-lo na origem da decepção sindicalista e socialista do autor, considerando o seu percurso como uma psicopatologia do idealismo político[7]. Serão os casos observados por investigadores sociais nos terrenos das seitas religiosas, das empresas económicas, das organizações criminosas, meras patologias?[8] Amitai Etzioni argumentou que o fenómeno inventariado por Michels se revela, sobretudo, nas organizações que se desviam dos seus fins e que no futuro nada impede que uma oligarquia utilize o seu poder para estabelecer uma estrutura democrática[9]. Mas talvez com mais verosimilhança a oligarquia se apegue ao poder com todos os seus meios até não poder mais mantê-lo, ou desestratifique, conservando o máximo que pode ser mantido naquela circunstância.
Argumentaram Leornard e Philip Selznick que é necessário estudar casos concretos e investigar as forças que expandem a tendência oligárquica e as que a debilitam, sempre com grande cautela[10]. Mas Michels não só supôs a oligarquia como regra, como ainda estabeleceu o desvio dos fins. Se se aplicar a distinção feita por Carl Friedrich entre fins ideais e fins materiais, ou noutra linguagem, interesses de princípios e interesses de conveniência, verificar-se-ia que a tese de Michels estabelece que os interesses de princípio decaem à medida que a organização sociopolítica alarga, cresce, ganha responsabilidades e se diversificam as suas perspectivas sobre o futuro[11]. Um partido heterogéneo evitará posições acutilantes no domínio dos princípios, inclinando-se ao mesmo tempo para fazer concessões a leques de interesses que talvez se revelem contraditórios. As finalidades deslizam para os fins materiais, mas estes não garantem de forma alguma a adesão das áreas vastas que se encontram fora da organização, pois só os fins não materiais são aglutinadores a esse nível enquanto fórmula política mobilizadora[12].
O afastamento dos princípios é também uma eventualidade que anda longe de ser rara e o reforço dos princípios de conveniência é normalmente feito a favor de uma burocracia intermédia, que se concentra na aplicação estrita das regras e regulamentos, mesmo contra o espírito da organização. A burocracia pode originar, produzir e instrumentar, o desvio das finalidades formais como teorizou Robert Merton, mas é ainda suporte do próprio poder da oligarquia que é fundamentalmente burocrático[13]. Daí o conselho tão repetido pelos inimigos da oligarquia de aligeirar a estrutura burocrática[14].
Assim, Michels afirma, no conjunto dos seus escritos, a inevitável marcha para a burocratização, para o afastamento das finalidades restritas e formais, que equivale a insinuar um princípio de degradação e, finalmente, a lei de ferro das organizações. Com risco de ser considerado um cínico, Michels escreveu: «Seria um erro abandonar a desesperada empresa de descobrir uma ordem social que torne possível a realização completa da ideia de soberania popular»[15]. Com efeito, face às leis enunciadas, que esperança restaria para a aplicação concreta da ideia? Daí que, recomendando embora a investigação e a procura infatigável para “descobrir o indescobrível” e vaticinando bons resultados na clarificação da ideia da democracia, que é, de resto, o que ele tenta fazer no seu livro, insinue que o máximo, afinal de contas, é incontestavelmente «uma aristocracia de pessoas simultaneamente boas do ponto de vista moral e eficientes do ponto de vista técnico. Mas onde iremos descobrir tal aristocracia?»[16].
A solução empurrou-o mais tarde para a formulação do princípio da liderança de um chefe popular, legitimado pela adesão das massas. Giordano Sivini vê nesta opção do sociólogo italo-germânico a lógica superação da exigência oligárquica de dominação de caminho com a esperança num socialismo libertário, sempre viva nele. A massa perde a sua posição subalterna e, rompendo o esquema burocrático, recupera através de um laço carismático uma função activa no plano da acção política, que toma só então a primazia relativamente à economia[17].
Se é certo que a solução de Michels pode e deve ser discutida, pois é também uma opção ideológica, a verdade é que as suas observações fundamentais já o são muito menos. Numa última edição do seu clássico sobre os partidos políticos, Maurice Duverger avalia o livro de Michels como um «excelente livrinho» e comenta que «aí se descrevem em termos sempre actuais as tendências oligárquicas dos organismos de massas»[18]. Como poderosa conclusão do seu trabalho, Duverger dirá: «Nunca se viu um povo governar-se a si mesmo e nunca se verá. Todo o governo é oligárquico, o que necessariamente comporta a dominação de um pequeno número sobre o grande»[19].
As deduções de Duverger ratificam plenamente o cerne do «excelente livrinho». A problemática de Michels, lançada em termos empíricos, e depois teorizada como se viu, não é o espectro de Meisel. Ao contrário: escreve Giovanni Sartori, fundamentando-se em recentes trabalhos empíricos, que as incisivas teses de Michels são hoje em dia mais penetrantes ainda. Mancur Olson, H. Kariel, Seymour Lipset, fornecem-lhe argumentos e factos com que ele não hesita em proclamar: «Hoje há mais razões que nos princípios do século para recear que as predições de Michels estejam bem fundamentadas»[20].
O desmentido mais óbvio às expectativas de Meisel provém dos Estados Unidos pela mão do historiador Arthur Schlesinger Jr., nos finais dos anos 80. Historiador progressista, activista, conselheiro do Presidente Kennedy, criado à sombra dos grandes historiadores socialistas americanos que dominaram a cena académica entre as duas Guerras e que viram o processo americano como um vasto campo de batalha entre os elementos democráticos e as forças detentoras dos privilégios, é justamente ele que repõe a actualidade dos temas da elite. Escreve literalmente: «Quem diz organização, diz oligarquia. Os historiadores quase não precisavam de Pareto, Mosca e Michels para demonstrar este ponto. A questão mais séria não é a existência da elite dirigente, mas sim o seu carácter»[21]. Talvez um estudo de história fosse necessário para descobrir, como sugere o autor norte-americano, aqueles conceitos operativos, mas o facto é que se os materiais históricos foram condição necessária para que fossem formulados – a exemplificação e o recurso aos dados históricos são intensos nos três autores estudados – não eram suficientes. O estudo da conjuntura vivida, o interesse nas transformações sociais, mesmo uma certa paixão pelo futuro, revelaram-se ingredientes indispensáveis para explorar intuições profundas, que já vinham abrindo caminho desde os reflectidos textos de Platão.
E, na verdade, o estudo de mais dois clássicos mostrará como a observação directa, ao lado de uma erudição histórica e política, consegue arrancar conclusões independentes, onde se recortam harmoniosamente as teses avançadas pelos três pensadores centrais.
[1] Cfr. K.R. Popper, The Open Society and its Enemies, Op. cit., nota 85, vol. 1, pp. 7 e sgs.
[2] Robert Michels, Sociologia dos Partidos Políticos, Op. cit., p. 238.
[3] Idem, ibidem., p. 25.
[4] Idem, ibidem., p. 23.
[5] Amitai Etzione, Organizaciones Modernas, UTEHA, México, 1965, p. 20.
[6] Robert Michels, ibidem, p. 240.
[7] Cfr. A. Mitzman, Sociology and Estrangment: Three Sociologists of Imperial Germany, Knopf, Nova Iorque, 1973.
[8] Cfr. Alain Woodrow, As Novas Seitas, Edições Paulistas, Lisboa, 1979.
[9] Amitai Etzione, Ibidem., p. 20. Num sentido semelhante vai a tese de John D. May, que pretende demonstrar a compatibilidade, em Michels, entre organização e democracia. Cfr. John D. May, «Democracia, Organização, Michels», in Maria Stella de Amorim (Organizadora), Sociologia Política II, Zahar, Rio de Janeiro 1970, pp. 101-128.
[10] Leonard Broom e Philip Selznick, Sociology, Harper and Row, Nova Iorque, 1977, pp. 219-221.
[11] Cfr. Abraham Kaplan e Harold Lasswell, Poder e Sociedade, Universidade de Brasília, 1979, pp. 71-76.
[12] Daqui decorrem as duas linguagens dos partidos, segundo a sua posição relativamente ao poder.
[13] Cfr. Robert K. Merton, Social Theory and Social Structure, The Free Press, Glencoe, 1957, pp. 197 e sgs.
[14] Cfr. Edgar Morin e outros, A Burocracia, Sociocultur, Lisboa, s.d. pp. 55-64.
[15] Robert Michels, Political Parties, Op. cit., pp. 367-368.
[16] Idem, ibidem, p. 370.
[17] Cfr. Giordano Sivini, Op. cit., nota 566, p. 47.
[18] Maurice Duverger, Les Partis Politiques, Armand Collin, Paris, 1981, p. 21.
[19] Idem, ibidem, p. 553.
[20] Giovanni Sartori, Teoria de la Democracia, 2 vols., Alianza Editorial, Madrid, 1988, vol. 1, p. 195. E também: Mancur Olson, The Logic of Collective Action, Harvard University Press, Cambridge, Mas., 1965; H. Kariel, The Decline of American Pluralism, Stanford University Press, Stanford, 1961; e S. M. Lipset, Political Man, Doubleday, Nova Iorque, 1960.
[21] Arthur M. Schlesinger Jr., The Cycles of American History, Op. cit., nota 26, pp. 428-429.
posted by Nacionalista @ 11:49 da tarde, ,
Os nazis odeiam os pretos? Uma imagem vale mais do que mil palavras!...
quarta-feira, abril 12, 2006
posted by Nacionalista @ 7:40 da tarde, ,
O Soldado Político
terça-feira, abril 11, 2006
posted by Nacionalista @ 10:30 da tarde, ,
Ramiro Ledesma Ramos e a “Questão Judia”
segunda-feira, abril 10, 2006
posted by Nacionalista @ 9:47 da tarde, ,
Julius Evola: um tradicionalista radical
A ler aqui.
posted by Nacionalista @ 2:37 da manhã, ,
A religião constitucional
sexta-feira, abril 07, 2006
posted by Nacionalista @ 6:48 da tarde, ,
O sentimento da dignidade
quinta-feira, abril 06, 2006
Estamos cansados da falta de dignidade humana. Se não se dá uma gorjeta, se não se paga, não se é inscrito no partido. Se não se paga, as coisas não se resolvem no gabinete municipal. Se não se dão gorjetas, não se pode entrar no Ministério. Se não se dão gorjetas, não se pode exercer o próprio direito. A gorjeta, o embuste e a fraude destruíram a saúde moral do povo romeno.
O legionário tratará de eliminar estes hábitos e de fazer renascer o sentido da dignidade humana. Não dará nada a ninguém, não prometerá nada a ninguém e, quando preste um serviço a alguém, não se humilhará aceitando gorjetas, pelo contrário agarrará o subornador pelos colarinhos.
- Corneliu Codreanu, O Manual do Chefe
posted by Nacionalista @ 5:23 da tarde, ,
O PCP e a democracia
posted by Nacionalista @ 2:51 da manhã, ,
A figura do Chefe, do Dux, do Ditador no Fascismo
quarta-feira, abril 05, 2006
posted by Nacionalista @ 5:07 da tarde, ,
Whether or not One World is the secret final objective of Zionism, World Jewry is the most powerful single force on earth and it follows that all the major policies which have been ruthlessly pursued through the last several decades must have had the stamp of Jewish approval. Indeed, common sense applied to such facts as have come to light must lead to the conclusion that the policies, directed against the most cherished Gentile values, were incubated by adroit Jewish brains and fulfilled, or carried to the verge of fulfillment, by the dynamism of the Jewish spirit. At the same time, so many Gentiles are associated with the conspiracy, both directly and through the formation of fronts, there are so many Gentile agents and agencies, and so many Gentile governments which have acquiesced in the conspiracy by falling into line with policies inimical to their own national interests, that it would be ludicrous to offload upon Jewish shoulders responsibility for the destruction, or near destruction, of Christendom and the Western World. Nevertheless, it would be equally ludicrous to deny the Jewish part, especially where it is admitted… “Had we of the Gentile nations stood firm in defense of our own traditions and values, instead of cravenly capitulating, the Jews would have remained what they ought to be – a small sect living contentedly and at peace with their neighbors, exercising neither national nor international power and entertaining no inordinate ambitions. That, as I wrote at the outset, is how most of them actually do live. That a minority of them has been able to mount such a stupendous drive for world power is not their fault but ours alone, and it is we who must put things right – or perish. The way to put things right is not to engage in ‘hate campaigns’ (which in any event more often than not play into Jewish hands) but to make a determined stand for our own legitimate and distinctive interests."
- A.K. Chesterton, The New Unhappy Lords.
posted by Nacionalista @ 7:05 da tarde, ,
Pelo direito à diferença, contra o racismo
domingo, abril 02, 2006
Não se pode definir o racismo como a preferência pela endogamia, que é algo que procede da livre escolha dos indivíduos e povos (o povo judeu, por exemplo, deve a sua sobrevivência à recusa do casamento misto).
Face à inflação de discursos simplificadores, propagandísticos e moralizantes, é preciso voltar ao verdadeiro sentido das palavras: o racismo é uma teoria que postula que entre as raças existem diferenças qualitativas de tal ordem que seria possível distinguir-se raças globalmente “superiores” e raças globalmente “inferiores”, ou que o valor de um indivíduo se deduz inteiramente da sua pertença a uma raça, ou que o facto racial constitui o factor central de explicação da história humana. Estes três postulados podem ser defendidos em conjunto ou separadamente. Os três são falsos. Se é verdade que as raças existem e divergem em relação a critérios estatísticos isolados, não há entre elas diferenças qualitativas absolutas. Por outro lado, não existe nenhum paradigma que determine a espécie humana e permita hierarquizar globalmente as várias raças. Finalmente, é evidente que o valor de um indivíduo reside, antes de tudo, nas suas próprias qualidades.
O racismo não é uma doença do espírito, engendrada pelo preconceito ou pela superstição “pré-moderna”, como nos diz a fábula liberal que remete para a irracionalidade a fonte de todo o mal social: o racismo é uma doutrina errónea, historicamente fechada, cuja origem se deve procurar no positivismo científico, que pretendia medir “cientificamente” o valor absoluto das sociedades humanas, e no evolucionismo social, que tende a descrever a história da humanidade como uma história unitária dividida em diversos “estados”, cada um dos quais correspondendo a diferentes etapas do “progresso” (e em que determinados povos seriam, provisória ou definitivamente, mais “avançados” que outros).
Face ao racismo, há um anti-racismo universalista e um anti-racismo diferencialista. O primeiro conduz indirectamente aos mesmos resultados que o próprio racismo que denuncia: ao ser tão alérgico como este último às diferenças, o anti-racismo universalista não reconhece aos povos mais do que a sua comum pertença à espécie, e tende a considerar as suas identidades específicas como transitórias ou secundárias. Ao reduzir o Outro ao Igual, numa perspectiva estritamente assimilacionista, torna-se incapaz, por definição, de reconhecer e respeitar a alteridade em si mesma. Pelo contrário, o anti-racismo diferencialista, no qual o GRECE se revê, considera que a humanidade é valiosa pela sua irredutível pluralidade. Assim, esforça-se por outorgar um sentido positivo ao universal, não contra a diferença, mas sim a partir dela.
Para a nossa corrente de pensamento, a luta contra o racismo não passa pela negação das raças nem pela vontade de as fundir num conjunto indiferenciado, mas sim pela recusa simultânea da exclusão e da assimilação. Nem apartheid, nem melting-pot: aceitação do outro enquanto outro, numa perspectiva dialogante de mútuo enriquecimento.
- Alain de Benoist & Charles Champetier, Manifesto para um Renascimento Europeu
posted by Nacionalista @ 7:40 da tarde, ,
Jornalismo isento
sábado, abril 01, 2006
Em França, as manifestações anti-CPE, compostas maioritariamente por brancos, são atacadas por gangs de árabes e negros, que agridem os brancos apenas pelo gozo.
E a SIC(K) Notícias transmite uma reportagem sobre o racismo&xenofobia na… Rússia?!
posted by Nacionalista @ 12:19 da manhã, ,